quinta-feira, 31 de dezembro de 2015

Vamos só ali mudar o último dígito da data civil e já voltamos.

A malta deve achar que se pedir muito que 2016 seja grande ano ele vai fazer a vontadinha. Malta, daqui a pouco só falta pedirem para cagar brilhantes. E olha que sinceramente já vos vi mais longe de realizarem tal pedido. Só espero que saibam que essas vossas palavras, que chamam de sábias, não são assim tão sábias quanto isso. O rumo da vossa vida não vai mudar de um dia para o outro. Literalmente. Nem esse beijo das 00:00 vai acontecer. E muito menos existirão notas a cair do céu para vos fazer ricos no novo ano. Por isso desistam dessas lamechices nostálgicas. Vamos só ali mudar o último dígito da data civil e já voltamos. E enquanto isso a vossa vida não se altera. O fogo de artifício não são brilhantes mágicos. Não podem abrir os bolsos e as malas e deixarem que os brilhantes caiam lá dentro. Mas se cairem... Parabéns, entraste com o pé direito no novo ano.

segunda-feira, 28 de dezembro de 2015

Porque tu deves gostar de ti.

Eu amo camas desfeitas. Adoro pessoas bêbadas que choram mares e não conseguem ser mais nada para além de honestas no momento. Venero o olhar de pessoas apaixonadas. Amo a maneira como o mundo acorda e olha em redor. Adoro os lenços de papel que os fanáticos em séries gastam quando a sua personagem favorita morre. Eu amo quando as pessoas fecham os olhos e viajam para as nuvens. Apaixono-me pelos "altos e baixos" e pelos sonhos impossíveis que elas têm. Venero as pausas no estudo que duram mais que o planeado. Amo as saudades de casa quando estou à janela a ver a chuva cair. Adoro os "tic tac's" do relógio em momentos apertados de tempo, enquanto todos os outros entram em pânico. Gosto da confusão das estação de metro. Gosto de gostar do que os outros não gostam. Porque eu não gosto dos outros. Gosto de mim.

quarta-feira, 23 de dezembro de 2015

Adolescência.

Somos adolescentes 5/6 anos da nossa vida. Andamos na ribalta dos nossos sonhos e achamos que somos o topo do mundo. Bebemos. Fumamos. Choramos. Perdoamos. Temos na mão a nossa vida. A verdade é que a alcunha para adolescência é "Época em que destruíste os teus sonhos". Todos temos bem noção disso. Desperdiçámos horas do nosso sono com as conversas tardias mais inúteis de sempre. Achámos as verdades mais ingratas da vida. Descobrimos que o Mundo não gira por nós. Adolescência é isto. Ensinamentos de vida. Festejamos. Apaixonamo-nos e magoamo-nos. Lutamos pelo inalcançável.  Destruímos os nossos maiores sonhos de criança. Aprendemos que não vamos ser aqueles ricos que sempre achámos que seriamos. Percebemos que as casas na árvore que sempre quisemos construir não passaram de invenções de filmes de criança. Saltamos para o abismo do desconhecido. Tornamo-nos mais adultos na essência de sermos crianças. A adolescência é uma farsa. 

domingo, 6 de dezembro de 2015

As coisas não pedem a nossa opinião.

Odeio conversas pequenas. Quero falar de átomos. Morte. Extra terrestres. Sexo. Magia. Inteligência. Sentido da vida. Galáxias distantes. Música que nos faz sentir diferentes. Memórias. Mentiras que contámos. Correntes marítimas. Ciência. Infância. O que te faz ficar acordado durante a noite. Inseguranças. Medos. Eu gosto de pessoas profundas, que falam com a emoção de uma mente confusa. Quero falar de histórias. Morte. Saudades. Molhas apanhadas em dias de chuva. Insignificâncias insignificantes. Comida. Gente mesquinha. Quero falar de tudo. De mim. De ti. De coisas. As coisas não acontecem como a gente quer. Nem mesmo como a gente não quer. As coisas não pedem a nossa opinião. 

sexta-feira, 4 de dezembro de 2015

Não te preocupes.


É preciso seres tu. Viveres quem és. Sentir quem foste. Acredito que tudo isso te complete e te desfaça ao mesmo tempo. Estarei aqui. Quero que te ergas. Que faças mais daquilo que és. Que sejas quem sempre quiseste ser mas que a coragem não deixou. Quero que sejas tu na tua propria essência. Que te burrifes nos outros e escondas as tuas pieguices. Sê tu. Sem preconceitos. És como ninguém. Abraça-te. Agora por amor da santa não sejas essa cara séria. Que não se vê interiormente. E muito menos exteriormente.Essa pessoa há de se levantar do nevoeiro... Não te preocupes.

domingo, 29 de novembro de 2015

Não me arrependo.

Coisas existenciais de quem nada se arrepende. Nada de nada. Momentos em que sofri. Momentos em que sorri. Não me arrependo. Da mais simples simplificação da vida. Do bom. Do mau. Das palavras ditas de cabeça quente. Dos banhos instantâneos de água fria. Não me arrependo do que fiz. Dos locais mais visitados que não visitei por opção. Ou dos menos visitados que guardei na memória de guardar. Não me arrependo dos desafios superados. Nem das derrotas de horas memoráveis. Dos abraços que escondi do exterior. Dos dias despedaçados em minutos. Ou das visitas repentinas. Há coisas inesperadas que se esperam há anos. E não me arrependo de nada. Nem do mais simples parafuso que desapertei lá atrás. Estabilidade. Não me arrependo de ser quem não queriam que fosse. Mas às vezes é preciso.  E eu estou bem na essência de estar. Na essência de ser tenho muito que percorrer. 

quinta-feira, 19 de novembro de 2015

"Somos só amigos."

Pára. Chega de ser uma insignificante que só tem importância em certos momentos. Chega de mentiras. De "não posso" porque isto e "não quero" porque aquilo.  Chega de ser burra. De perceber que tu não eras o melhor mas mesmo assim continuar, por saber que me fazes bem. Mas chega. Chega de ilusões. De jogar às escondidas. De "anda cá" e "hoje não dá". Chega de recordações tornadas sonhos. De noites de conversas e manhãs de olheiras.  Chega de seres quem não és. De desculpas inventadas por não saberes o que dizer. De "mereces mais que eu". Chega de todas essas mensagens de necessidade diária. De "Ok" e "Está bem". Chega de "pontos". De "fica aí que eu fico aqui". De ser eu a tentar entender-te.  Chega de "Somos só amigos!" .

domingo, 15 de novembro de 2015

Por favor, ultrapassa-te.

Hoje acredito em tudo. Orgulho-me do que alcancei. Do que fui. Do que sou. Sobre o que serei isso já não sei. Mas tenho a certeza que o que fui já passou. "Esforça -te". "Faz por ti". Há vitórias e derrotas. A sorte decide. Mas olha, achas que me deito na cama e penso no que não devia? Sempre. Se sonho no que nunca existiu e que provavelmente nunca existirá? A todo o momento.  Se me sinto perdida na vida? Acho que nunca encontrei o rumo certo. Fico aqui a matutar no passado. "Ultrapassa-te". O mundo gira! Não pára para ti. Mexe-te! Salta. Corre. Grita.  Vive no presente sem olho no passado. Por favor, ultrapassa-te.

quarta-feira, 28 de outubro de 2015

Dia não.

Dia não. Estou perdida. Na vida. Nas horas. Sei que me sinto nada. Precisava de um abanão gigante para me fazer reagir mas nem isso hoje me anima. Dores que vêm de pessoas que não sabem o que é dor. E claro, eu que sofra. Porquê eu? Acho que é a pergunta dos 100 mil euros de hoje. Não me reconheço na pele de galinha. Arrepios repentinos. Estou sozinha. Quero estar sozinha. Se não me querem não sou eu que vou insistir. Também não vos quero. Antes só que a carregar as vossas opiniões mal formadas. Só opiniões. Mau humor. Preciso de espaço. De tempo. Sem ninguém a chatear. Só eu e os meus pensamentos supérfluos e profundos. Preciso de um dia de chuva e relâmpagos. A chuva a bater na minha cara faz-me sentir viva. Morte. Quero tudo e depois quero nada. Confusões da mente. Coração. Dia sim. Espero que um dia ganhe os 100 mil euros. Resposta errada.

domingo, 25 de outubro de 2015

É importante ser herói.

Há derrotados e vencedores. Gente que fica na história por ficar. Porque teve um dia de sorte ou de azar. E depois há heróis.  Gente que se "segura" por um pouco mais que tudo. Que sobrevive depois de fazer o impossível. Que luta por sonhos. Que concretiza o impensável.  Heróis são heróis.  Que vivem com mais do que intenções.  Que ouvem os outros. Bons ouvintes. Que não usam capas nem salvam a princesa da sua vida no último segundo. Que fazem tudo por todos mesmo sem ninguém a ver. Heróis são gente comum que se torna extraordinária  pelo simples. Que sacrificam a vida por um mais que "1". Que não desesperam. Os heróis são movidos por loucura. Declaram guerra ao inimigo interno e lutam até serem libertados. Que têm medo mas não desistem. Que permanecem de pé mesmo estando sozinhos. Heróis são guerreiros pacíficos.  E é importante ser herói. Por um dia. Por uma vida. Ficar na história de quem se lembra. Ser relembrado pelo extraordinário. 

terça-feira, 20 de outubro de 2015

E o último a dormir apaga as estrelas, ok?

Quero alguém com a mesma doença que eu. Que mantenha a conversa acesa mesmo quando ela estiver apagada. Que jure ficar mesmo sem querer. Que diga que não posso ficar em casa na solidão da chuva. Que coma pipocas sem ser durante um filme de comédia romântica.  Quero alguém que viaje de mochila às costas sem perguntar "Qual é o destino?". Que não precise de mim apenas nos piores momentos. Que não vire a cara sem um pedido de desculpas. Quero alguém que mesmo depois de me mandar para o inferno, me procure. Alguém que chegue e não vá embora. Que diga "sim" a uma corrida matinal e " não" a um deitar cedo. Que passeie na rua em dias de chuva. Quero alguém que não viva pela metade. Que ponha as "mãos no fogo" por mim. Que solte gritos por nada. Que morra de amores sem serem paixonetas. Quero alguém que me deixe ser quem sou. Que dance sem razão. Que conte as estrelas. Que faça história sem querer. Quero alguém que seja alguém.  Que se destaque. Que encaixe. Um certo alguém. E o último a dormir apaga as estrelas, ok?

domingo, 18 de outubro de 2015

Porque o fundamental é impossível.

É possível que lar, seja uma pessoa e não um lugar? É que eu acho que estou melhor contigo do que no sofá lá de casa. Sinto-me confortável. Acho que passava fins de semana de chuva na tua presença. Tardes de filmes. Já alguma vez pensaste o que seria transportar-te para todo o lado? Enroscar-me em ti como quem se enrosca numa daquelas mantas xadrez sempre que quisesse. Constipações. Pés frios. Podias fazer parte do meu cheiro. Infiltrares-te na minha cama. Já pensaste o que seria de mim sem ti? Corpo de crise eterna. Mortifica. E o que seria de mim sem lar? Pobre de espírito. Essa morte constante das coisas é o que mais dói. FICA! Eu pago a renda! O tempo espera. A culpa não é minha. Juro!! É que a malta guarda e acumula universos paralelos. Transborda limites por ultrapassar. Distrai-se do verdadeiro percurso... Porque o fundamental é impossível: ser feliz sozinho! Por isso salva-te. Muda de lar. Independentemente do que aconteça. Salva-te a ti mesmo.

domingo, 4 de outubro de 2015

Quero que existas.

Eu juro que me passo contigo e depois te quero muito abraçar. É estúpido, eu sei, mas sempre te vi como um urso de peluche, daqueles fofinhos com que se dorme em dias sentimentais, em que ninguém nos ouve. É que eu quero estar solteira, mas contigo. Apeteces-me de vez em quando. Quero ter os meus momentos. E depois quero ter os nossos. Coisas separadas mas juntas. Percebes? Quero que saias à noite com os teus amigos. Que olhes para as miúdas como solteiro mas que voltes para casa sem nenhuma. Confiança. Quero que sejas uma coisa simples. Quero que sejas uma coisa complicada. Quero que isto seja diferente de todos os outros. Quero que sintas saudades. Que apagues a luz quando estiveres comigo. Desliga do resto. Quero que pares de te chatear  pelas coisas mais estúpidas do Mundo. Porque isso é estúpido! Quando estás comigo, quero que vivas e que não sobrevivas. E entretanto, no meio disto tudo,  quero que existas. E um dia eu hei de te encontrar. Não te escondas... eu vou a caminho!

terça-feira, 29 de setembro de 2015

Autobiografia

Tenho um problema: sou afetada pela doença da língua sentimental, pouco calada e nada discreta. Sempre pensei que podia ser uma super mulher daquelas que aparecem nos filmes da Marvel ou uma princesa das produções da Disney, mas a vida deu-me isto: papel e caneta. A verdade é que continuo a ser o que queria e o que não queria. Igual a vocês sou de certeza: cabeça que não pensa e olhos que não vêem, corações despedaçado nas horas vagas, mil pensamentos dispensáveis e comida noturna acompanhada de assaltos ao frigorífico. Conheço gente fracassada que se enfrasca de álcool na essência de esconder os fracassos.  Gente que morreu de amores e não renasce por nada. Gente que perdeu gente e que nem a si mesmo se encontrou. Gente mesquinha. Acho que é genérico este Mundo. E descrevo-me hoje como fluorescente. Não gosto do comum. Azul. Então fiz-me às riscas. Cor de burro quando foge.

segunda-feira, 14 de setembro de 2015

Bom regresso às aulas, Camaradas! Que comece o terror!

Dias de chuva se avizinham. Os horários estão prestes a voltar à rotina de há três meses atrás. Os phones vão voltar a fazer parte dos meus dias como nunca ninguém fará. O famosos despertador vai voltar a tocar e a minha famosa mão vai voltar a desligá-lo e caminhar novamente para o quentinho dos lençóis. Os ponteiros do relógio vão voltar a abrandar. Lentos. Como o meu cérebro na primeira semana de aulas. (A realidade é que não é só na primeira!). Vou voltar a perder canetas. Borrachas. Folhas de apontamentos. E principalmente neurónios. "Volta verão, estás perdoado" vai tornar-se a frase mais viral nas redes sociais. A pergunta "O que é que fizeste hoje?" vai voltar. O famoso berro "Deita-te! Amanhã há aulas e já é tarde!" às 21h também. Espero que os meus ouvidos aguentem mais um ano disto porque eu não sei se aguento. A verdade é que os burburinhos sobre tudo e mais alguma coisa vão começar. Horários escolares. Nova rapariga gira na escola. Casal sensação. Professor de educação física gostosão. Capa do livro de história. Aquele que andou com aquela mas que entretanto acabaram porque ele se enrolou com outra que era amiga daquela. Conclusão: tudo o que é completamente desnecessário, necessita de ser comentado! Mas a malta gosta. É como darem rebuçados às crianças. Agora, ao trabalho!! Bom regresso às aulas, Camaradas! Que comece o terror! TRRIIIMMMMMMM

quarta-feira, 2 de setembro de 2015

Loucurem-se das vossas loucuras. Poesiem-se de vocês.

Vai haver sempre alguém a dizer que erraste e outro alguém a dizer que foi a escolha mais acertada da tua vida. Anjo e diabo. E no meio disto tudo ficarás sempre no "talvez": "talvez sim" ou "talvez não". E "talvez" usa-se para indicar possibilidade, dúvida ou incerteza, um "porventura, "possivelmente" ou um "quiçá". É difícil. Decisões de momento e dúvidas permanentes. Colaborem suas alminhas humanas! É suposto ajudarem em vez de tornarem isto ainda mais difícil! Elefantes azuis. O problema contém a solução. Pensem em todas as possibilidades. No anjo vestido de vermelho e o diabo de branco. Peçam menos desculpas e sintam menos culpa. Ousem mais. Sintam mais e tudo mais. E o resto que venha se vier, ou tiver que vir, ou não venha. Marquem o vosso lugar. Tomem a vossa decisão sem terem vozes nos ouvidos. Queiram tudo. Olhem para trás e sintam-se completos. Loucurem-se das vossas loucuras. Poesiem-se de vocês. Sejam mais que uma cara bonita. Usem a VOSSA mente. Usem o VOSSO coração. Sejam relembrados.

sexta-feira, 21 de agosto de 2015

Idade dos porquês.

Será que é possível estar maldisposta com a vida? Ter dores de barriga de sentimentos e vomitar momentos na essência de os esquecer? Será que é possível ficar de cama pela pessoa mais estúpida do Mundo e ir ao médico devido a feridas de palavras? Eu sei que é esquisito mas sempre pensei que poderia entrar em coma por palavras que nunca foram ditas. Já pensaram num acidente provocado por um comboio de recordações que nunca mais vão acontecer? E será que é possível uma overdose de alegrias momentâneas? Desmaiar pela pessoa que não te quer? Já pensaste que se tu amaste assim tanto a pessoa errada, o quanto podes amar a pessoa certa? E será que as operações às noites de choro alguma vez funcionarão? Eu não sei mas isto da idade dos porquês altera-me. E a verdade é que vou sempre ficar sem saber a melhor maneira de  te perguntar isto mas... "Será que alguma vez morrerei de amores por ti?"

domingo, 16 de agosto de 2015

Vai por ti, não vás por mim.

Seres tu é seres tu. Sozinho. Contra o Mundo. Sem modificações. Sem pressões. Sem autorizações desautorizadas por quem nunca te manipulou. Só tu. Ires por ti. Sem decisões tomadas por outros. Alcançar o inalcançável só pelo simples facto de seres tu. "És" menos mas "tens" mais. Ser reconhecido sem andar com muitos. Andar é arrastar. Passo de caracol. Pachorrice. Sonolência. Parar no tempo e arrastar quem nunca te carregou. E isto da vida não é para ser pensada. Apenas vivida. Nunca sonhada. Imaginação é aquele parafuso que ficou mal apertado. Já pensaram se fizessem tudo aquilo que vos passa pela cabeça? Só por vocês. Sem nada de modas. Só o extremamente improvável. Só tu e o Mundo. Sem imitações de meia-tigela. Uma personalidade de tamanho único. Sem formatações. Uma cena só tua. Nada de sociedades de imitação. Vai por ti, não vás por mim. Agora escolhe: Vais por ti ou vais por modas?

segunda-feira, 10 de agosto de 2015

Mas olha... Tarde demais, já fiz a maratona por ti.

Eu juro que me passo com certas cenas. E tu és uma delas. Dou mais eu de mim do que aquilo que tu dás de ti. Aceito-te mais vezes do que as vezes que alguma vez me aceitaste. E sofro mais noites por ti do que aquelas que alguma vez sofreste por mim. Eu não sei mas cá para mim isto vai haver karma. E quando tu quiseres mais do que alguma vez eu quis, vais perceber que o "querer" desaparece ao longo do tempo. Essas noites de sofrimento vão passar a ser tuas e vais dar mil vezes mais de ti. Mas este "correr atrás" cansa. Vais perceber isso. Já corri muitos quilómetros por ti. Talvez mais do que aquilo que alguma vez vais correr por mim. E mesmo assim ninguém ganha. Eu que fico sem ti, e tu que ficas sem mim. Mas é assim. Tu és agora e eu sou depois. E nunca um de nós vai querer tanto como o outro. Nunca um de nós vai sofrer tanto como o outro. Ao mesmo tempo. E eu juro que um de nós se vai passar. Alguma vez, nalgum lado. Um de nós vai perder a cabeça, como tantas vezes a perdemos juntos. Mas olha... Tarde demais, já fiz a maratona por ti.

terça-feira, 4 de agosto de 2015

E ainda dizem que esta é a melhor idade da nossa vida.

Sentamo-nos constantemente, de humor escondido debaixo das olheiras, em frente à pessoa que nos podia fazer pessoas. Que nos podia ensinar a ser lembrados. Mas nada. Só letras. Números. Livros de páginas escritas por bebâdos que se suicidaram na essência de não serem românticos. Namoricos. E nós é que somos burros! E até pode ser uma relação de amor-ódio mas o "vermelho" estará sempre lá. E depois somos arrastados com notícias de desemprego. De um país na falência. De líderes que se esbofeteiam por palavras e de dinheiros mal gastos em meios aquáticos enquanto os "senhores importantes" precisam é de dar às pernas e perder os quilinhos que ainda habitam desde o Natal. E no meio disto tudo continuamos a ser os burros. Que não escolhem partidos mas que na realidade são os mais partidários. E isto somos nós. Mandados por senhores pouco senhores que se acham senhores de grande sabedoria. E ainda dizem que esta é a melhor idade da nossa vida. Então não quero chegar aos vinte! Alguém que me tire daqui. A emigração'zita, por exemplo. Ou os milhões de ladrões de povos que vivem de máscaras chamadas "bancos" . Que me roubem a mim, seus sacanas. Ora viva a idade dos impostos! Propinas já nem se fala que essas voam a uma velocidade demasiado rápida dos bolsos dos papás para serem vistas em plena luz do dia. 3,0×10^8m/s. Velocidade da luz. Decoranços de intervalo. Ora, bis! Um brinde à melhor suposta idade de sempre!

segunda-feira, 13 de julho de 2015

E se algum dia fores de vez, vou ter saudades.

Tenho vontade de te ligar e dizer "Tu perdeste a pessoa que mais se importava contigo!". E é isto. Todos os dias. A toda a hora. Sufoco por saber que podes não voltar. E se algum dia fores de vez, vou ter saudades. Mas ficar neste meio termo não dá. Não encaixa comigo. Ou vais ou ficas. Há cenas que ficam e cenas que vão. É o destino. Não se pode fazer por ir nem fazer por ficar. Acontece. E todos acabam por bazar. Mesmo os que acreditam que vão ficar até ao fim, vão bazar. É assim. O "Para sempre" é muito tempo. E nesse "para sempre" há milhares de idas e milhares de vindas. E é normal aquele "Ficar à nora". Sentir tudo o que não se deve sentir. E apesar de tudo começo a pensar que podem existir finais felizes. Não são é para todos. Podem ser para nós, quem sabe?! Podemos estar destinados a ficar juntos ou destinados a não ficar. É a vida. Temos tudo traçado desde o início. Passos em falso e decisões mal tomadas. Acreditando ou não no destino, as coisas acontecem por uma razão. Não há cá mudanças. Agora, ou vais ou ficas. E isto não é desistir. É não insistir mais.

segunda-feira, 6 de julho de 2015

As grandes asneiras da vida.

Todos os dias somos afetados por sentidos, por pensamentos e por sentimentos que nem ao Menino Jesus foram explicados. Somos cobaias de tudo. Dos sentidos. Todos os dias. Quando simplesmente abrimos um rebuçado. Aquele barulho do papel. Ouvidos. Dos pensamentos. Quando achamos que simplesmente devíamos desaparecer por uns tempos. Ou até mesmo dos sentimentos. E o amor chega para explicar que somos cobaias de meia-tigela, de meia-noite. Mas pior que tudo isto só mesmo a sensação de te sentires desapontado contigo próprio. E de certeza que se deve a uma das três grandes calamidades: sentidos, pensamentos, sentimentos. São sempre elas. As três "animações" da vida. Para o bem e para o mal. São elas que nos falam na cabeça. São aquelas vozes de decisões. De tentações. De fazer e não fazer. São as grandes asneiras da vida. As grandes. São as três calamidades que nos estragam a noite. Que nos destroem o dia. Sentidos. Pensamentos. Sentimentos. Todas sem coletes à prova de bala. Imunes a chuvas torrenciais de quem volta atrás. E depois lá vem ele. O sentimento de derrota. De desapontamento contigo próprio. É sempre o mesmo. Perder o sentido da vida. Sentir o incompreensível. Pensar em tudo e em nada. E as culpadas estão à vista. As três calamidades do momento. E três por serem perfeitas em destruir. Sentidos. Pensamentos. Sentimentos. As grandes asneiras da vida. Agora pensem.

domingo, 21 de junho de 2015

Até que ela nos separe.

Sempre tive um carinho especial pela morte. Nunca foi aquele bicho de sete cabeças que sempre atormentou o futuro. Futuro. Já pensaram que o futuro mais próximo é a morte?! E o futuro mais infinito é a morte?! Caminhamos para a morte. Dia após dia. E isso deixa-nos felizes. Cumprir objetivos é avançar cautelosamente para a morte. Traçar vidas conjuntas é percorrer segundos que nos distanciam da morte. Mas nós somos burros?! Felicidade é morte e nós andamos aqui todos a mostrar os dentes. Mas eu continuo a gostar da morte. Foi graças a esta menina que tive tudo na vida. Que tive vida. É a ela que devo todas as manhãs de música. Todos os dias de sol. Todos os sonhos à chuva. Todos os mergulhos às nove da noite. Todos os obrigadas. Todas as estrelas que contei. Morte. É, dizem que é uma palavra pesada. Pesada de saudades, de momentos armazenados no coração. Porque é a ela que devemos agradecer. Pôr as lamúrias de parte e agradecer profundamente. Nunca ninguém lhe escapou. É a morte. Aquele sentimento inferior perante nada. Perante tudo. Morte é morte. É uma data. A morte sente-se e não se sente. É um medo constante pelo inevitável. Inevitável. Morremos um pouco todos os dias. Mas a verdade é que ninguém sabe o que é a morte sem antes morrer. Ou morremos e sabemos, ou olha, deixa-se viver. E viva a morte! Até que ela nos separe.

domingo, 14 de junho de 2015

É loucura, minha gente desloucada.

Sempre apreciei o louco. O louco por mim e o louco por ti. Simplesmente vivo na loucura dos mundos. Na loucura das pressas e das não pressas. É loucura. Comprimir todos os sonhos e guardá-los numa caixa. Abrir a tampa mais tarde. É loucura. Sonhos são loucuras escondidas dos outros. E esconder-me é loucura. Vivemos todos na loucura de momentos. Na loucura de acabar o que nos foi pedido. Prazos são loucuras. E loucura é loucura. Quem é o louco que dorme durante a noite e respira durante o dia? Quem é o louco que acredita num Mundo de impostos e dinheiros mal pagos? Loucos são loucos. A loucura move loucos. Move copos de mão para mão. Move carros de país para país. E move pés. Loucura move ventanias de pés descalços. É verdade. Pés. Loucura é um pedido não habitual. Uma desculpa não desculpada e sete elefantes no mesmo quarto. E mesmo assim é possível. Diminuem-se os elefantes ou aumenta-se o quarto. É loucura. Profunda. Daquela de tipos. Tipo "Isso é impossível!" ou "Não vais conseguir!". É loucura, minha gente desloucada. Loucura é pedirem-me que fique em casa num dia de chuva. Chuva é loucura. E os loucos são vocês.

terça-feira, 2 de junho de 2015

A todo o Sr.Examinador que por aí anda.

Examinam de manhã, quando nos pedem para nos levantarmos cedo e como se não bastasse examinam-nos à noite, de forma a que nos deitemos cedo para nos podermos levantar cedo. Ciclos rotinosos. Examinam-nos de alto a baixo. No trabalho. Na escola. Na rua. Somos examinados de alto a baixo p'ra aí umas três vezes. Dos pés à cabeça. Do cabelo à mais feia unha do pé. Examinam-nos na caixa do supermercado. Aparências desenvolvidas na altura que sucede a horas de espera nas tão desejadas filas de supermercado. Burros. Examinam-nos pelo humor com que acordamos. Pelo que dizemos no decorrer de um dia péssimo. Examinam-nos pela cor dos olhos. E que os olhos falem Sr.Examinador! Examinam-nos pelo nosso percurso escolar. Mesmo depois de anos, papéis continuam a ser mais importantes que palavras. PALAVRAS. Examinam-nos pelo nosso emprego de horas. Examinam-nos pelos livros que carregamos nos braços, que por sua vez podem ser fininhos, grossos, peludos, compridos, amarelos, com borbulhas, ásperos e não ásperos, com sinais ou até os mais tortos do Mundo. Examinam-nos por tudo e por nada. Por um copo na mão. Pelo indivíduo que nos acompanha. Pela chave do carro que trazemos no bolso das calças. Somos rotulados e examinados na exaustão de simplesmente examinar. E que resultados devem ser esses!? Aparências iludem. Faça o favor de se examinar Sr.Examinador que por aí anda. Examine-se a você. Três vezes. Número da perfeição.

quarta-feira, 27 de maio de 2015

Este é o meu Mundo. Calem-se todos.

Persistir. Por grandes deceções. Lutar até ser o melhor. Alcançar o objetivo. O derradeiro. Ser finalmente reconhecido. Por ti próprio. Tanto na vitória como na derrota. Lutar por quem deposita toda a confiança em ti. Todo o orgulho. Todos os passos de um ano ou dois. Todos os momentos eufóricos vividos no sentido de mascarar a luta que realizamos todos os dias. Ao acordar e ao deitar. No decorrer de dias que não chegam ao fim. Naquelas duas horas de pleno "Este é o meu Mundo. Calem-se todos!". Lutar sempre trouxe problemas. Mas é nos momentos mais difíceis que os nossos verdadeiros "Eu's" despertam. Numa luta conjunta. Numa vitória de etapas. Num percurso sem borrachas. Sem "Vamos voltar atrás e fazer tudo de novo". Isso não existe. Não há cá segundas oportunidades. O que tiver que ser, será. Agora. No momento. Tempo. Lutar implica decisões. Cabeça. Pensar e repensar. É a cabeça. Formigueiros e arrepios. Será sempre a cabeça. No bom e no mau a cabeça decide. Efetua hiperligações de horas com momentos passados. Destrói esperanças de minutos. E cria novos "Ai e agora. Não consigo.". É esta bola redonda que carregamos que decide. Psicologicamente. Ou fisicamente. Será sempre a grande cabeça.

domingo, 17 de maio de 2015

Eu bem te avisei.

Há arrependimentos e arrependimentos. Os que vêm acompanhados de desculpa e os que não vêm. Os que levam a horas de pensamento e os que são esquecidos no momento. Há arrependimentos conjuntos e arrependimentos solitários, que te fazem sofrer deitado na cama, de porta fechada e luz apagada. Há arrependimentos inconturnáveis e outros memoráveis. Arrependimentos que vêm acompanhados de um "Eu bem te avisei" ou um "Isso passa", mas que nunca chega a passar porque o ser humano é burro o suficiente para simplesmente não ultrapassar. Há arrependimentos noturnos e diurnos. Mas há que eleger a vasta gama de estrelas que já ouviu lamentáveis choros e assistiu a incontornáveis discussões mentais solitárias. Há arrependimentos de voltar atrás e arrependimentos de não voltar. E como tudo na vida, há bons e maus arrependimentos. Daqueles de guardar na grande caixa vermelha, sem portas nem janelas, que carregamos ao peito e daqueles que são atirados pela janela do carro, num dia de chuva a alta velocidade. Também há arrependimentos que matam. De saudades. De " Eu podia ter feito mais". De palavras que não são ditas na altura certa. Há arrependimentos de arrependidos e de não arrependidos. Arrependimentos escritos em linhas e arrependimentos falados de horas. Há arrependimentos constantes e arrependimentos que contornam a eternidade. Arrependimentos simplesmente guardados nos bolsos das calças que mais tarde ou mais cedo se desfazem na máquina de lavar e arrependimentos presos debaixo da almofada ao deitar. Há arrependimentos e arrependimentos. Não te arrependas!

domingo, 10 de maio de 2015

Bora fugir daqui?

Acho que saía daqui por uns tempos. Mochila às costas e adeus. Adeus aos momentos vividos e aos que ficaram por viver. Adeus às memórias permanentes. Adeus às ideias guardadas no tempo e que nunca foram concretizadas. O habitual. Alimentar falsas esperanças é o pão de cada dia. Podíamos fugir. Ou melhor: eu podia fugir. Seja o que for. Venha o que vier. Sentir a adrenalina de não deixar de fazer cenas por causa de medos conjuntos. Eu. Pelo meu próprio pé. No meu próprio mundo. Um adeus. Eterno ou não será sempre um adeus. Adeus às horas de revolta. Às duas luzes do universo: o dia e a noite. Às conversas noturnas escondidas de todos. O que ninguém sabe, ninguém estraga. E adeus aos olhares discretos perdidos na revolta da noite entre a imensidão de gente de alma vazia. Adeus a tudo. Adeus a todos. Um até logo permanente.

segunda-feira, 27 de abril de 2015

Não há eternidades infinitas.

O tempo passa e as pessoas mudam. Não há cá um "somos para sempre" ou "até que a morte nos separe". Simplesmente não há. As pessoas mudam. De sitios, de personalidades, de momentos. Não há pessoas eternas. Não pode haver apegos constantes. Eles não vão durar. Nunca duram. É ciclico. Tal como os gelados as pessoas derretem ao longo do tempo. Tornam-se mais normais. Mais "Anda cá" e "Ai adoro". E depois olha. Andam sempre com lamechices. É porque isto não resulta e aquilo não desenvolve. Descolem. Não há eternidades infinitas. Não há tempo suficiente para nada. Não há luas todos os dias. Descolem e avancem. Passem à frente. De tudo. De todos. Na fila do supermercado. Sei lá. Desenvolvam o sistema. Abstraiam-se do mundo. Do tempo. O resto é nada. Sobrevivam

terça-feira, 7 de abril de 2015

Insistem muito em coisas que foram feitas para não serem insistidas.

Insistem muito em coisas que foram feitas para não serem insistidas. Insistem demasiado. Insistem em assuntos pendentes ou esquecidos no tempo. Insistem em insistências permanentes. Insistem nisto e naquilo e principalmente no insistível. Insistem em comboios de problemas. Insistem em preocupações não preocupáveis. Sei lá. Insistem por tudo e por nada. Insistem em não lamber a tampa do iogurte porque é politicamente incorrecto. Insistem em não mandar o chefe bugiar porque é o chefe. Insistem em insistir e a insistência mata. Insistem em sonhar no que não pode acontece, em fazer o correto porque o errado pode despedir. Insistem em adormecer tortos no sofá. Insistem em não rebolar na areia quando estão molhados porque sim. Porque entra e é uma chatice tirá-la. Calões. Insistem por tudo e por quase tudo. Insistem temporária e permanentemente. Insistem simplesmente. Insistem no perfeito, nos limites do tempo. No relembrar. Insistem no clássico e socialmente aceitável. Insistem no complicado. Insistem num "meu" impartilhável. Insistem num espaço reduzido a conhecidos de família. Enfim. Insistem no mundo. Seus "insistíveis". Insistem muito em coisas que foram feitas para não serem insistidas. Insistem.

quarta-feira, 1 de abril de 2015

Previsões de Futuro e Revisões de Passado

Quero muito o tudo e depois quero muito o nada. Esquisitismo. Ser diferente. Ser tudo menos igual. Dilemas. Dilemas com tudo. Sobre tudo. Dilemas de teorias inventadas no direito de ser humano. Dilemas sobre o facto de se a cor à qual eu chamo azul é a mesma à qual tu chamas azul ou se o teu azul é o meu vermelho e o teu vermelho o meu amarelo. Dilemas eternos. Dilemas se a vida vivida é quando adormeces e se durante o dia simplesmente sonhas. Dilemas sobre o dia e a noite. Dilemas se a lua me persegue desde sempre. Dilemas de estações. Dilemas de previsões. Previsões acertadas e erradas. Previsões de futuro e revisões de passado. Dilemas. Dilemas de horas. Dilemas de vidas. Dilemas de momentos.

quarta-feira, 11 de março de 2015

Poucos se destacam porque muitos se imitam.


Um "Não" também é resposta. Também muda muita coisa. Também nos torna tristes para depois nos tornar alegres. Poucos quebram as regras. Poucos almoçam ao jantar e jantam ao almoço. Poucos gostam mais do inverno do que do verão e mais do sol do que da chuva. Mas a chuva só molha parvos... "Prazer!" Poucos dormem de dia e vivem a noite. Poucos choram nos momentos de felicidade e riem nos de tristeza. Poucos permanecem eternos. Poucos lutam pelo mau da vida. Poucos levam o seu nome aos extremos... "Ora, sou a Maria e este é o João". Poucos inventam na cozinha (sempre toda a gente gostou de esparguete à bolonhesa!). Poucos se destacam porque muitos se imitam. Poucos se despem em dias de frio e se vestem em dias de sol. Poucos não se controlam pelo tempo. "5 minutos e estou aí". Poucos mudam a vida de alguém e muitos mudam a vida de ninguém. Poucos se mostram desinteressados pela desoriginalidade. Poucos inventam palavras novas. Poucos se metem com muitos. Poucos gostam de fasquias elevadas. Poucos têm consciência. Poucos vivem. Poucos sobrevivem. Poucos. Ninguém.

domingo, 22 de fevereiro de 2015

Deixem-se de complicações. Descompliquem.


Expectativas. Desilusões. Da mente. Expectativas. Desilusões. Das pessoas. Expectativas. Desilusões porque somos estúpidos. Parvos. Intrigados pela expectativa da vida e decepcionados pelas ilusões criadas. Estupidamente parvos. Imbecis. Imbecis ao ponto de acreditar na existência de tudo. De um mundo perfeito. Na ideia de perfeição estão compreendidas todas as perfeições. Todas as expectativas. Todas as desilusões. Ignorantes. A chuva molha mas refrescar faz bem. Faz bem à alma. Faz bem às decisões. Expectativas. Sonhos. Sonhar alto faz mal. Desilusões. Mentiras. Pecados realizados. Expectativas. Desilusões. Montanhas escaladas acabadas em quedas vertiginosas. Expectativas. Desilusões. Expectativas. Desilusões. O Mundo é confuso. Como as pessoas. Deixem-se de complicações. Descompliquem.

quinta-feira, 19 de fevereiro de 2015

Nem tudo.

Nem tudo é eterno como os desenhos nas nuvens. Nem tudo molha como as ondas do mar. Nem tudo é saudade depois de um "adeus". Nem tudo o que é sofrimento dói. Nem tudo o que mexe vive. Somos o "tudo" de um "nada" e isso faz de nós apenas pó. Pó de eternas amizades. Pó de mudanças. Pó de gente sem rumo. Pó de momentos guardados até à morte. Nem tudo é sofrimento que fique ou que vá. E nem tudo é felicidade repentina. É preciso paciência. Paciência com o tempo. Paciência com o Mundo. Nem tudo nasce e renasce vezes sem conta como o dia e a noite. Nem tudo soa bem aos ouvidos dos outros. E nem tem que soar. O rádio tem várias estações. Como o ano. E cada um escolhe a sua. Tal como o vento escolhe o dia do mês. Nem tudo tem que permanecer até ao fim. Como as rugas. Como os pais. Como os dilemas da noite. Nem tudo mexe contigo da maneira como um "Precisamos de falar." mexe. E olha... Precisamos de falar.

quarta-feira, 18 de fevereiro de 2015

Queremos ser a melhor invenção da vida.

Não sei às vezes a vida corre bem. Querer o improvável é a melhor escolha. O provável é só mais um rótulo na sociedade. Querer a morte porque ninguém quer. Dançar à chuva porque ninguém tenciona molhar-se. Adorar o inverno. Fazer aquilo que ninguém tenta. Andar descalço na relva. Ir à praia no inverno. Marcar a diferença. A malta nunca se vai lembrar de alguém que sempre optou pela direita porque o GPS dizia que era pela direita. A gente quer é o engano. O que não é normal. A loucura. O perdido na vida. Queremos as escolhas mais difíceis. O impossível. Queremos o que não é perfeito, porque o perfeito enjoa. Queremos andar a pé e de bicicleta. Queremos uma noite fria sem estrelas. Intragável é o regular. O normal. O que nunca matou ninguém mas que também não mudou a vida de alguém. Queremos ser parvos, na essência do Mundo. Queremos ser nós como nunca o fomos. Queremos ser a melhor invenção da vida.

sábado, 7 de fevereiro de 2015

Sejam Fluorescentes.

Depois da contagem final. Depois do último esforço. Depois de todo o percurso. Mais de 800 metros barreiras. Cansaço. Fraqueza. Instabilidade. A precisar de respirar. Parar. Desistir no último segundo. Ser igual aos outros. Caminhar na direção daqueles que não lutam. Daqueles que se dão por vencidos apenas por ter começado a chover. Não é trovoada. É apenas chuva molha parvos. Como vocês.  Nada que um chapéu não resolva. Estúpidos. Arranjar soluções nunca foi opção para os mais fracos. Cair na primeira escada e rebolar até última.Sempre levados pela corrente. Sem opinião. Amarrados ao pessimismo. Ao não quero. Não tento outra vez. Falhei. Perseguidos pelo desastre. Parem. Chega. Voltem a tentar. Falhar não é aquele bicho de sete cabeças. Ajuda a aprender. Crescer como pessoa. Sejam alguém. Empenhem-se. Mostrem o que valem. Berrem. Gritem com vocês mesmos. Não sejam previsíveis. Façam tudo o que vos vier à mente. Saltem. Atirem-se de um penhasco. Criem barreiras com o pessimismo. Voltem a ser crianças. Beijem. Abracem. Criem o vosso espaço. As vossas loucuras. Vocês são o rótulo de uma garrafa. Destaquem-se perante as outras. Façam por sobressair numa sociedade em que só se bebe água da torneira. São vocês que traçam o caminho a seguir. Vão pela esquerda. A direita está sempre com mais trânsito. É o caminho dos desistentes. Dos comuns. Onde não há objetivos. Levem toalha para a praia. Sejam diferentes. Gostem de areia. Sejam fluorescentes.

quinta-feira, 5 de fevereiro de 2015

Felicidade.

Felicidade está num hambúrguer do Mac. Numa embalagem de chocolates. Num "Não há escola hoje." Num mergulho no mar depois das 20h. Felicidade está numa saída a dois. Numa festa de shots. Numa 'girls night'. Numa mensagem esperada há muito. Felicidade está no vento quando andas no carro de janela aberta. No gelado de verão. Nos furos do colégio. No concerto que dás no  banho. Felicidade está na última bolacha do pacote. No toque de saída.  No beijo da mãe e no abraço do pai ao deitar. Felicidade está no salto enlameado do cão lá de casa. Na comida da avó. No andar à chuva sem chapéu. Felicidade está num banho de horas depois de um dia cansativo. Num pequeno almoço levado à cama. Num "vales a pena". Felicidade está na almofada depois de chegares de uma semana de campismo. Felicidade está no último ponto do trabalho de casa. Num filme na noite depois do dia de teste. Num acordar sem despertador. Numa festa de verão. Felicidade está em mim como as 7 vidas de um gato. Ao acaso. Sem hora prevista.

quarta-feira, 4 de fevereiro de 2015

À noite não somos nada.

Mas à noite é que se pensa. É que se resolvem os problemas. Que nos apercebemos das asneiras que fizemos. Do quanto errámos. Daquilo que podíamos ter feito e não fizemos. Daquilo que nos tornámos. À noite somos sempre piores pessoas. Somos apenas mais uma alma humana. À noite somos mais frios. Criamos mais expectativas e destruímos mais sonhos. Somos pessimistas. Pensamos no futuro e nos arrependimentos do passado. Somos mais pensadores. Pessoas mais preocupadas com a vida. À noite não vivemos tanto. Deparamos-nos com situações inexistentes. Criamos momentos impossíveis. À noite somos fantasmas perdidos na vida. Somos gente sem rumo. À noite não somos nada.