domingo, 28 de fevereiro de 2016

Caminhos descruzados.

Tenho certezas de que nos vamos reencontrar um dia. Quando tu tiveres cabeça e eu não tiver coração. Se calhar vamo-nos reencontrar no momento mais inesperado. Quando formos mais velhos e a nossa mente menos ética. Quando eu for certa para ti e tu certo para mim. Mas neste momento eu sou um autêntico caos para os teus pensamentos e tu um autêntico veneno para o meu coração. Caminhos separados com mentes juntas. Talvez nos reencontremos um dia. Talvez nos reencontremos por baixo de um fogo de artifício de mudança de ano. Se calhar aí já vais ter noção que as pessoas também acabam como os foguetes. Talvez te reencontre no supermercado. Dois donos de casa à procura do corredor dos gelados. Gelados são o acompanhamento de qualquer solteiro. Talvez te reencontre pela cidade mais inesperada para te encontrar. Provavelmente já vais ter casa própria e sair todos os dias para beber um copo ou dois. Ou simplesmente te reencontre no meio da rua em pleno dia de chuva. Talvez a chuva nos lave a cabeça. Talvez a chuva molhe parvos como nós.
Temos reencontro marcado, só não sabemos para quando.

terça-feira, 23 de fevereiro de 2016

Na ponta da língua.

Tenho palavras na ponta da língua que às vezes não querem sair. Ou então saem sem querer em momentos de delírio extremo. Tal como as verdades fogem da boca dos bêbados para os ouvidos dos sóbrios, as mentiras fogem da boca dos sóbrios para as mentes dos inocentes. As palavras na ponta da língua acabam por surgir. Com consentimento do possuidor de tal enigma ou sem consentimento. Por mero acaso do destino que decidiu que naquele dia, aquela hora, aquelas palavras iriam sair daquela língua.  Às vezes corre mal e outras vezes também. Às vezes sai asneirada e outras vezes também. Palavras na ponta da língua nunca são bom sinal. Muito menos são se o indivíduo estiver com falta de memória. Falta de memória implica falta de "não contarei tal segredo". E assim se espalham boatos de inteira responsabilidade da ponta da língua. Das duas uma: ou cosem a língua ou cosem o cérebro. Coser o coração não é opção. 

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2016

Confissões de uma adolescente.

Sabes o que é que eu acho? Que na realidade tenho medo que um dia isto acabe. Que todos os momentos que vivemos desapareçam sem nunca ninguém saber o quanto gostei de ti. Tenho medo que não percebas que provavelmente nunca terás alguém que goste tanto de ti como eu gostei. Tenho medo que todos os esforços que fiz para estar contigo desapareçam sem deixar qualquer rasto. Tenho medo que um dia te lembres de mim pela minha cara e não por todos os sorrisos que pus na tua. Tenho medo que me esqueças. Tenho medo de te esquecer. Tenho medo que as nossas mensagens sejam apagadas por uma gaja que me roubou uma das pessoas que gosto mais neste mundo. Tenho medo de exagerar no drama de te perder mas a verdade é que tenho medo disso a todos os segundos do dia. Tenho medo que um dia a tua cama passe a ser apenas a tua cama e não o sitio das conversas mais sinceras de sempre. Tenho medo de nunca mais me lembrar da tua cara a olhar para mim enquanto fazias as piores serenatas de sempre que mesmo assim eu adorava. Tenho medo de perder todos os arrepios que tenho quando me beijas. Tenho medo de não poder contar tudo à única pessoa que tenho a certeza que nunca contará nada a ninguém. Tenho medo que isto acabe. Há mais de um ano que tenho medo que um dia não me mandes mais mensagens. Que me apareças na rua um dia destes com uma gaja e a apresentes como tua namorada. Vou sentir saudades de tudo o que passámos juntos e ao mesmo tempo sofrer por saber que aquela p*ta tem o meu suposto gajo. Ai que nervos.... eu não me apaixono e quando isso acontece tem logo que ser com o gajo mais complexo do mundo. Eu gosto de ti. Pronto já disse. Talvez seja mais do que gostar... tenho medo que me esqueças. Tenho medo de te esquecer. Um brinde ao luar.

domingo, 14 de fevereiro de 2016

Dia de Sem Valentim.

Existe uma diferença entre gostar, apaixonares-te e amar. Gostar é muito relativo. Apaixonares-te é enlouqueceres. Amar alguém é teres todas as certezas de uma só vez. Existe diferença. É como ir ao Mc e pedir uma salada, ou ir ao Mc e pedir um hambúrguer, ou ir ao Mc e pedir um hambúrguer com todos os extras possíveis e imaginários e no final ainda pedir um gelado. Gostar é gostar. É sentires um bloqueio mental e mesmo assim continuares a falar como se nada fosse. Apaixonares-te é sentires as borboletas a voarem no teu interior. A quererem sair para serem recordadas. Não por um milhão de admiradores mas por apenas um. Amar é planeares o futuro. "É comprares um bilhete de ida e o de volta rasgares como fazes à vida." É entregares o coração ao teu oposto. Os opostos atraem-se ou nem sempre. Se falarmos de pilhas alcalinas tudo bem, mas se falarmos de pessoas a coisa é capaz de dar faísca. Por isso não te preocupes se ainda não encontraste o teu oposto. Há 7 biliões de pessoas por aí e tu só precisas de uma. 1+1=2. 2 em 7 biliões. "Cada um de nós é dois, e quando duas pessoas se encontram, se aproximam, se ligam, é raro que quatro possam estar de acordo.". Não entres em pânico. O amor não passa do problema mais complexo do Mundo e nós não somos Einsteins para perceber que um mais um são dois. Mas as coisas hão-de fluir e as pilhas hão-de dar faísca. Só ainda não surgiu o dia. Mesmo que a faísca provoque um incêndio e seja preciso água para o apagar, o teu coração vai acabar por explodir. Um dia.

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2016

365 dias e 1/4.

Num ano muda tudo. Ou então não muda nada. "Mudam-se os tempos e mudam-se as vontades." As pessoas não têm noção das mudanças abismais que o Mundo decide fazer no menor espaço de tempo possível. Altera pessoas. Amigos. Relacionamentos. Estações. Fisionomias. Lugares. Corações. Estados. Sentimentos. Mentalidades. Altera o alterável e o inalterável. Por decisão própria ou por decisão alheia. A sociedade "cai" na ideia da mudança por ser necessária. Mas não é. Acontece por mera decisão. Destinada ou não, simplesmente acontece. 1 ano é 1 ano. Tal como 2 são 2 e 3 são 3. Descobrem-se vencedores e derrotados. Fazem-se promessas. Cumprem-se promessas. E quebram-se promessas. Desilude-se gente e ilude-se gente. Contam-se segredos guardados no fundo do baú. Constroem-se sonhos para o futuro e destroem-se sonhos do passado. Ultrapassam-se etapas e ganham-se novos desafios. 1 ano. Exatamente 365 dias e 1/4. 1/4 de ti. 1/4 de mim. 1/4 de saudades. 1/4 de alegrias e 1/4 de tristezas. 12 meses. 366 dias quando fevereiro decide que merece uma segunda oportunidade. Fevereiro quer. Insiste. Volta a insistir outra vez. E outra. E à quarta lá tem fevereiro o que sempre quis: uma segunda oportunidade. Prontinha para ser desperdiçada. Tal como janeiro tem fevereiro, fevereiro tem março, março tem abril, abril tem maio, até chegar a 12 oportunidades desperdiçadas. O 2 sucede o 1. Tal como a noite sucede o dia. E a maré cheia sucede a maré vazia. Será que ao fim de um ano há segundas oportunidades desperdiçadas?!

terça-feira, 2 de fevereiro de 2016

Deuses, vai um empurrão'zito no nosso destino?!


Tu sabes que essa pessoa sabe. Ele sabe que és dele. E ela sabe que és dela. Simplesmente sabem sem saber. Sabem que são livres mas que nunca serão "largados". Há sempre um alguém que sabe de ti. Embora não queiras. Ou embora queiras. Vais ter sempre um alguém. Por muito que aches que é um "Zé Ninguém", ele vai acabar por te pertencer. E tu vais ser o pertence dele. Por muito que queiras. Ou por muito que não queiras. É assim. Os deuses escolhem e tu aceitas. Ou tens que aceitar. Não tens outro remédio  a não ser manifestar-te internamente com murros no coração. "Coração desfeito em mil pedaços.". Por ti. Pelos deuses. E pelo "Zé Ninguém" que provavelmente nem sabes quem é. Ou provavelmente sabes. Indecisões decididas bem lá no fundo com o consentimento de noites de insónia. Olhos abertos e mentes fechadas ao destino. Obviamente precisamos de ajuda. Deuses, vai um empurrão'zito no nosso destino?!