terça-feira, 25 de abril de 2017

Uma espécie de Peter Pan crescido.

Às vezes lembro-me de ti e penso em tudo o que já foste. Nas asas que ganhaste para conquistar as estrelas e  nos voos em que perdeste as horas. Percebo que mesmo calado falas mais que o meu subconsciente desmotivado pela alma limpa de uma vontade de ser feliz imensa. Ensinaste-me que a teoria do caos não desorganiza momentos porque não haverá borboletas se a vida não passar por longas e silenciosas metamorfoses. Lembro-me disso como me lembro de ti. E hoje sei que em mentes quadradas ideias novas não circulam. Por isso, aqui te escrevo em letras soltas que finalmente tenho alma. Numa lógica de casualidade sem me levar abaixo para que tu permaneças inteiro. Sem medos nem receios aponto o dedo a essa espécie de Peter Pan crescido que te guia num caminho de ventos a sul. E agradeço de forma eterna esses pós mágicos de sininho que de vez em quando te lembras de esfregar no hipotálamo. Hei de saber todos os teus segredos um dia. Nem que me contes em sonhos mágicos, Cérebro.

"Nunca diga "adeus", porque dizer "adeus" significa ir embora e ir embora significa esquecer."