segunda-feira, 12 de novembro de 2018

Incoscientemente.

Olha à tua volta e olha para dentro de ti. Permanece segundos na inquietude do Mundo, sem que te deixem pensar na plenitude de ti. Absorve os outros na sua maior simplicidade e acredita nas tuas promessas. No inconsciente do ser que és, abraça-te sem pensamentos inoportunos e deixa-te ir. Não sofras por antecipação. As lendas morrem a tentar ser eternas e, embora não sejas lenda, já és eterna no olhar de quem não te quer ver por dentro.
Aprende, todos os dias, a aceitar o espaço entre o que te faz voar e o que te deita abaixo. E recicla todas as as quedas antigas tornando-as conquistas recentes na tua caderneta de cromos finitos. Porque há partes de ti que serão sempre a desarrumação de pensamentos profundos. Deixa-os ser. E descobre uma maneira de ser feliz com o que já tens. No mais inconsciente ser que encontres em ti. Flui em ti, ao acaso.

sábado, 3 de novembro de 2018

Quero voltar a viver este verão.

Quero voltar a sentir que todas as noites eram uma incógnita de horas infinitas ao som de sei lá quem, rodeada pelos que mais gosto em mim. Quero voltar a saber a que a imprudência da noite tinha consequênciais nos dias futuros, mesmo não me lembrando dos prejuízos do passado. Quero viver sem regras, sem horas e sem limites. Na essência do "tudo junto", quero viver no meio de sardinhas enlatadas aos saltos frenéticos até o som desligar. Quero ser mais, aproveitar mais, sentir mais. Quero perdoar as noites mal dormidas e não as trocar por nada. Porque nelas residem os melhores momentos, as sensações mais verdadeiras e as palavras mais sinceras. Quero guardar em mim os desconhecidos que me fizeram feliz e todos os conhecidos que me tornaram melhor. Quero ser a melhor versão de mim. Livre. Com quem gosto, sem preocupações de momento. Quero voltar a viver este verão. Todo. Com aquela lembrança. Com aquela sensação de faíscas dentro do coração, mesmo com a música desligada.