segunda-feira, 16 de outubro de 2017

Porque ainda há Heróis.

Há derrotados e vencedores. Gente que fica na história por ficar. Porque teve um dia de sorte ou de azar. E depois há Heróis.  Gente que se "segura" por um pouco mais que tudo. Que sobrevive depois de fazer o impossível. Que luta por sonhos. Que concretiza o impensável.  Heróis são Heróis.  Que vivem com mais do que intenções.  Que ouvem os outros. Que não usam capas nem salvam a princesa da sua vida no último segundo. Que fazem tudo por todos mesmo sem ninguém saber. Heróis são gente comum que se torna extraordinária pelo simples. Que sacrificam a vida por um mais que "1". Que não desesperam. Heróis são aqueles movidos pela loucura de ajudar. Declaram guerra ao inimigo interno e lutam até serem libertados. Que têm medo mas não desistem. Que permanecem de pé mesmo estando sozinhos. Heróis são guerreiros pacíficos munidos de coragem e amor pelos que acham que nunca foram amados. São os que avançam mesmo depois de todos recuarem e os que lutam mesmo depois de más noticias. Heróis não têm rotinas definidas, nem enxergam ter. São Heróis por ser. E por tudo, mesmo não querendo ser  Herói, ficam na história de quem se lembra…Ser lembrado pelo extraordinário.  

domingo, 15 de outubro de 2017

Ponto da situação.

Se mesmo depois de tudo, continua a ecoar na mente, é porque vale a pena. É porque, por muito que o risco seja grande, a recompensa é maior. É porque importa mais que os demais e soa melhor que o agora. Às vezes só nos apercebemos de um momento quando se torna memória eterna no efémero sentido da vida. Agarramo-nos ao passado sem perceber que o tempo continua, e não deixamos que o futuro flua sem grandes planos pela vida. Orgulhamo-nos do que fomos sem deixar que o que "viremos a ser" apareça no pensamento. É a vida. As pessoas lixar-te-ão sem te dar importância, e as mínimas coisas na vida recompor-te-ão. Iremos culpar novos amores por coisas que os antigos fizeram e perder amizades que julgámos eternas. Iremos implorar para que algumas pessoas fiquem na nossa vida mesmo sabendo que não passam de ideias sonhadas. Há dias em que iremos sentir tudo e outros em que o "nada" nos invade. Descobriremos os nossos talentos depois da hora do espectáculo e mesmo assim o céu fará de nós estrelas. Por muito que o tempo passe, alguém nos há-de fazer felizes nem que seja por instantes. E o pouco de nós que será doado ao Mundo, fará de eternos os pensamentos de alguém. Mesmo não tendo mínima ideia do número da cena, os realizadores disto tudo somos nós. Mesmo havendo final feliz ou calamidade insegura.

terça-feira, 29 de agosto de 2017

Antes do Mundo te dizer quem deverias ser.

Consegues lembrar-te de quem eras antes do Mundo te dizer quem deverias ser? Muito antes de construires esse reino de esperança e desistires de ideias coladas a cuspo nessa infancia de sonhos inacabados. Consegues lembrar-te que eras poesia mesmo antes de todos saberem ler? E que mesmo sem rimas, lias todos os pensamentos que fervilhavam na tua cabeça? A verdade é que sabias a posição das galáxias sem precisares de mapa e decoravas todas as mil fases e infinitas formas de ser que eu escondia. Arriscaste para te conformares que as tuas ideias não eram assim tão sem sentido como te diziam ser e mudaste de lugar algumas certezas que tinham ganho pó de tanto esperar. Lembras-te de todas as vezes que quiseste desperdiçar lágrimas em coisas absurdas que acabaram por se transformar em risos ocasionais? É que mesmo parecendo que não, todos esses momentos estão guardados para que um dia sejas a pessoa que sempre quiseste ser. Sem holofotes incandescentes apontados para uma passadeira vermelha de olhares da sociedade. Mesmo sabendo que foste aquilo que o Mundo quis que fosses, lembra-te que a Alice só chegou à Terra dos sonhos depois de ter caído. E conforma-te que não és uma gota do oceano, mas sim todo o oceano numa gota.

quinta-feira, 20 de julho de 2017

Foi um prazer que não era para ser.

Desapegar é a liberdade mais triste que conheço, mas a que mais corações conscientes faz. Desperta-nos para a realidade de que um instante distante diz tanto sem dizer nada. Soluciona problemas engendrados por dias sem que as mãos se desenlacem com troca de olhares profundos. Porque na realidade foi um prazer que não era para ser, e por mais olhares trocados acabados em sorrisos, essa atitude será sempre a tua imagem de marca. Desapego é deixar que o céu exista sem estrelas mesmo que isso seja pura impossibilidade. Mas a verdade é que um dia nos cansaremos de estar presentes na tristeza de pessoas que não nos convidam para as suas alegrias, e correremos sem coração destinado por entre veias cheias de promessas. De repente, apaixonar-nos-emos pela possibilidade de nos apaixonarmos de repente, e esse ciclo vicioso de quem tudo tem a perder desabrocha sem pétalas de esperança. Desapego é ousadia de quem aprende a ser o filtro e não a esponja. De quem não me julga pela coragem que te falta e pensa no que quiser sem consciência de futuro. Desapego implica aprender a desfazer nós para dar mais espaço aos laços, mesmo sabendo que um dia a corda acabará. Mas fica sabendo que enquanto eu te quiser, não te preocupes com quem me quer, mesmo sabendo que nunca resultaremos. Porque eu sei que o Universo entenderá o recado.

terça-feira, 27 de junho de 2017

Dilúvios à janela.

Eram como o café e o leite. Ele tirava o sono dela e ela deixava-o menos amargo. Sentavam-se sempre na janela da sua secreta morada e ficavam calados como duas pessoa a transbordar pela cabeça. Se um instante é suficiente para a mente tropeçar no coração, o mais certo era serem detentores de uma numerosa família de arranhões. 
Coberta de relíquias para a vida, todos os dias ela deixava os sonhos na cama e vestia a sua pele de viver, percorrendo caminhos  de quem nunca quis ser ignóbil demais. Não era boa entendedora e meias palavras não lhe bastavam como contentamento em vésperas de atingir o limite. 
Passou a plantar epopeias solenes no seu cérebro e deixou afogar-se em todas as perguntas guardadas debaixo da cama. Hoje fotografa dias bons e só as revela a quem sabe que tem o coração mas leve que o dela. Porque em dias de chuva, o café perde a amargura de palavras contadas à janela e os sonhos tornam-se insónias constantes. 

Sabe que ele só volta depois de aprender com mais três porque queria um amor tão certo como o café que bebe todos os dias ao acordar. Agora, reticente  em perceber que a amargura não mata sonhos, relembra as horas de trovoadas que passara à janela com ele. Talvez, um dia se esbarrem e se conheçam de novo, com um olhar mais maduro e o coração mais decidido. Talvez sejam experiências de uma vida em que só quem é inteiro, sabe transbordar. Mesmo assim ela agradece, e sonha com um Inverno mais  chuvoso que o anterior. Porque em dias de Verão, o café é muito amargo. 

domingo, 11 de junho de 2017

Ela é assim.

Ela é assim... Inteiramente consciente do que merece por dia. Ela é de exageros simples com regras curtas mas sempre de cérebro leve. Evita gente vazia porque tem a alma carregada do essencial. Cada dia ela é mais dela e menos do que o que esperam dela. Vive em linhas tortas porque as direitas só olham em frente e não deixa que a poesia a encante como antes. Ela é dona de si sem se abstrair do concreto elogio que o Mundo lhe faz todos os dias. Por muito que tentem ela não deixa de decidir histórias hipotéticas e não tolera que interrompam o seu sono de sonhos eternos. Ela não é flor que se cheire mas sim jardim que se aprecie. Pensa demais quando devia pensar de menos mas o tempo lhe ensinará que isso não passam de meras curiosidades do momento. A vida é uma despedida constante do que somos agora para o que vamos ser adiante e ela tem bem ciente em si todo o valor que o céu lhe oferece em dias de chuva. É miúda de aventuras inesperadas com mochila de conhecimento humilde às costas. E por muito que saibam disso deixam atropelar-se por ideias que só ela sabe defender. Ela é poesia que nem toda a gente sabe ler. Revela-se a quem a contempla quando mais nada a sabe ver. Porque ela é uma bailarina que aprende a dançar conforme o caos.

terça-feira, 23 de maio de 2017

Eu quero dar mais sentido ao Universo do que o número 42.

Eu quero dar sentido ao Universo. Sem destruir ideias, quero fazer sentido na lógica do Big Bang. Afirmar-me Einstein por loucas teorias eternas e histórias de poeiras perdidas numa imensidão de escolhas cósmicas. Quero motivar-me para alcançar mais palavras contadas em anos luz e provar que o Mundo não gira à tua volta. Por muito que penses que alguma vez girou. Arranco o destacável das promoções que as estrelas guardam e uso-o para te dizer que a jornada é mais importante que o destino. Porque sabes bem a verdade. Que quando não dizemos o que sentimos, a estrela polar vai embora sem saber que talvez tivesse motivo para ficar. E vai embora tanto de coração como de cabeça. Desaparece sem deixar rasto porque as provas do tempo imortal foram contigo enquanto ganhavas coragem para falar de astros. Quem faz céus de distância procura as milhares de coisas que ficaram por dizer. Centra-se no absurdo sem se preocupar com opiniões de quem se acha crítico demais. Eu quero dar mais sentido ao Universo do que o número 42. E ás vezes custa. Mas custar vale o Mundo inteiro e os arredores. 

quarta-feira, 17 de maio de 2017

Fleumática.

Certifico-me que todos os dias aceito o espaço que há entre o que sou e o que quero ser. Equilibro-me na fugaz corda bamba que a vida me dá. Penso no que já conheci e recordo-me do que sou. Agora. Sem pretensões de futuro. Sem lamechices de estar sozinha no Mundo. Abraço-me sem medo de retorno a longo prazo. "Primeiro acredito, porque é assim que tudo começa. Depois, descomplico, porque é assim que tudo avança. A seguir confio, porque é assim que respiro fundo.". Fleumática, reconheço o céu azul de pensamentos. Equilibro-me e penso que nada nem ninguém me pode parar. Que um estar só é muito mais que um estar só. Que me dá oportunidades estrondosas de perceber que o "para sempre" é composto de "agoras". Às vezes não há nada mais a fazer. É deixar chover e esperar que o raio de sol mais próximo flutue na panóplia de caminhos eternos que há. Alguém há de aparecer e perceber os meus ciúmes sem razão e as minhas vergonhas mais profundas. Alguém há de dançar mesmo sem saber como, só para me animar nos momentos mortos da vida. Alguém há de me fazer rir até chorar. E neste tempo todo, reúno toda a sorte que tenho e tento perceber o anjo da guarda que me foi dado. Apenas sendo paciente. Espero. Porque alguém irá aparecer muito sorrateiramente num dia menos bom. Pelo menos, assim me caiu na almofada a estrela que o ditava.

quarta-feira, 3 de maio de 2017

No Drama Llama.

Os dramas que te surge na cabeça não passam de meros alfinetes que tentam encontrar o invulgar local de repouso de ideias absurdas. Surgem de dias menos bons. Esquecidos na mente de quem nunca os relembra. Dramas são casos a ponderar. Não se desprezam na eventualidade de um dia fazerem sentido existir. E não se escondem por razões que te fazem pensar se algum dia, por mero acaso de gente, alguém os encontrará debaixo do monte de ideias postas a um canto. Dramas são dramas. Corroem os pensamentos sem qualquer sentimento de estima pelos neurónios que se vão escapando ao mortal aglomerado de massas interiores. Definem-se em pequenos sacos de pó que atingem o limite de histórias mal contadas por outros que não tu. Dramas são dramas na sua essência de ser. Hierarquizam momentos como mais ninguém o sabe fazer e obrigam-te a tomar as decisões mais ponderadas de segundos. Quem dramatiza sabe que escrever uma carta de pensamentos na escuridão de cabeças frias nem sempre resulta da melhor forma. Porque o único que não passa por isto, sabe menos que uma mula.
No Drama Llama. 

terça-feira, 25 de abril de 2017

Uma espécie de Peter Pan crescido.

Às vezes lembro-me de ti e penso em tudo o que já foste. Nas asas que ganhaste para conquistar as estrelas e  nos voos em que perdeste as horas. Percebo que mesmo calado falas mais que o meu subconsciente desmotivado pela alma limpa de uma vontade de ser feliz imensa. Ensinaste-me que a teoria do caos não desorganiza momentos porque não haverá borboletas se a vida não passar por longas e silenciosas metamorfoses. Lembro-me disso como me lembro de ti. E hoje sei que em mentes quadradas ideias novas não circulam. Por isso, aqui te escrevo em letras soltas que finalmente tenho alma. Numa lógica de casualidade sem me levar abaixo para que tu permaneças inteiro. Sem medos nem receios aponto o dedo a essa espécie de Peter Pan crescido que te guia num caminho de ventos a sul. E agradeço de forma eterna esses pós mágicos de sininho que de vez em quando te lembras de esfregar no hipotálamo. Hei de saber todos os teus segredos um dia. Nem que me contes em sonhos mágicos, Cérebro.

"Nunca diga "adeus", porque dizer "adeus" significa ir embora e ir embora significa esquecer."

quarta-feira, 8 de março de 2017

Hoje celebram-se essas curvas.

Hoje é o dia do sexo que consegue fazer 2 coisas ao mesmo tempo. Que um dia já se sentiu inferior mas hoje governa o Mundo sem papas na língua. Hoje é dia daquelas criaturas que estão sempre certas mesmo estando erradas. Que produzem paciência em quantidades abismais que chega mesmo a ser virtude. Que todos os passos dados determinam a história de gerações futuras. Que mexem com opiniões trancadas a sete chaves nos seres que não dominam todos os neurónios que têm. Hoje é dia do cor de rosa, do salto-alto e da mini-saia. Das complicações mais descomplicadas e dos pensamentos mais profundos. Do ser mais falador e mais "Não tenho nada para vestir!". Hoje celebram-se essas curvas e todos os seus pontos de viragem. Glorificam-se os brilhantes de esforço passado para que possam continuar a chover "noites de miúdas". Hoje é o dia daquela comunidade que não se consegue decidir entre compras ou comer tudo sem engordar. E mesmo sendo chatas, conseguem ser Elas. 
Porque isso não nos impede de ter mais tomates que vocês.   
Mulheres há muitas seu palerma... mas nenhuma é como aquela.  

terça-feira, 28 de fevereiro de 2017

Cada um se salva a si.

Nascemos para ser reais e não para ser perfeitos na eternidade de momentos. E fomos feitos sem asas para que voar se torne um sonho de cabeças na lua. O nosso tempo organiza-se de forma a que todos os momentos se tornem memórias de diários escritos em pantufas. Não morremos quando estamos há espera porque isso seria um final de filme e nunca pedi para ser atriz de banheira. As coisas nunca acabam quando estão mal. E é impressionante a forma como nos tornamos artistas irreconhecíveis quando andamos de coração partido. O Mundo sabe que há momentos para tudo. E para todos. E obriga-nos a pensar e repensar em respostas que só os Deuses podem dar. Um dia percebemos que o imperfeito nos distingue dos outros. E orgulhamo-nos tanto disso como de conseguirmos enfiar a linha na agulha. Acho que o objetivo disto tudo não passa de percebermos o porquê de termos nascido. E acredito que nós escolhemos quem somos. Porque ninguém pega numa lupa e te tenta salvar no meio de 7 biliões de insignificantes efémeros. Cada um se salva a si. Ninguém te dá nada só por dar. E só tu sabes o que queres, sem desculpas de uma tigela e meia. Ou tentativas de sonhos profundamente irreais. 
Adorava ser um donut numa França de baguetes.

sexta-feira, 10 de fevereiro de 2017

Aproveitem sem "E se?"

O destino é assim, faz acontecer mesmo sendo impossível. Ensina-nos que nada é dado só por ser dado. E mostra-nos a importância de sermos nós sem nada a acrescentar. A vida dá-te e tira-te tudo num instante. Sufoca-te de momentos que não merecias e dá-te outros que não pediste. Valorizar o presente porque nada é garantido no futuro. Relembrar o passado sem exceder o limite de velocidade. O tempo corre e percebemos que  "O tempo cura tudo." não passam de umas meras palavras ditas por um imbecil sem noção de perda. Os nervos passam mas as memórias ficam numa passagem que se torna curta. E ninguém sabe se há de ir ou de ficar com esperança de um "Tudo está bem.". O tempo ensina-nos a crescer. Mostra-nos que o lema da nike é tão verdadeiro como uma noite de sono bem passada e que há silêncios que valem mais que conversas de meia noite entre muitos.
E assim entendemos que há coisas insignificantes. Que meras coincidências não são meras coincidências. Que ninguém passa por nós só por passar. Que há momentos que só se vivem uma vez porque o destino assim quis. Que um amanhã pode não estar assim tão perto. E que "valorizar" vale mais que todas as outras palavras no dicionário. 
O Mundo enche-nos de exemplos e rouba-nos a justiça de um "E se?!". Ensina-nos que os mais pequenos defeitos não passam das melhores virtudes e que os piores sermões evidenciam o interior das pessoas. Não há remorsos. As palavras são feitas para serem ditas no momento em que devem ser ditas. E os planos não são para ser feitos para a vida mas sim para o momento. Nada é certo. E hoje as estrelas brilham mais. 
 Aproveitem sem "E se?"

quarta-feira, 1 de fevereiro de 2017

Metáfora dos "O's".

Há uns meses atrás passei a fazer os "O's" ao contrário. Em sentido horário como os ponteiros do relógio insistem em fazer. Não sei porquê, mas isso dá-me uma sensação de liberdade sem ser perfeita mas a ser única. Nada de especial, eu sei, mas eu juro que todos os "O's" que escrevo durante o dia adoram ser escritos ao contrário. Simplesmente adoram ao contrário dos outros adorar porque veem o sentido da vida do avesso. Tem que ser ponderado. Mas nada que uma mudança de caneta não aguente. Escrever um "O" em sentido horário sem nos sentirmos presos ao tempo de escrita de um "O" normal capta-nos. Na realidade os "O's" normais acabam por se esgotar na prateleira dos "mais usados" e isso torna-se um risco demasiado alto para eu correr. Logo eu, que detesto a palavra "stock". Por isso optei pelos "O's" de meia tigela, os renegados por todos mas que acabam por ser os heróis. Eles gostam. E esperam ansiosos para serem usados. 
O problema é que andam por aí muitos que não são do avesso. Metáfora. (Com o "O" do avesso.E então eu tentei. Escrevi um "M" da direita para esquerda, com medo de ficar com problemas de stock.

segunda-feira, 30 de janeiro de 2017

Para depois te deixares amar o Mundo.

Tu não amas aquela pessoa porque ponto. Tu primeiro amas-te a ti. Porque seres tu é seres tu. É transferires quem és sem que saibam quem foste. Tu primeiro amas-te a ti para depois amares os outros. Porque amar é diferente de paixão. Amar é combater e abraçar. É fazer pelos outros mais do que farias por ti. É levares um pequeno almoço à cama e dizeres que sim a uma chávena de chá à lareira. Amar nasce contigo. Tu amas o por do sol porque sim. Tu sentes o vento na cara porque amas a velocidade de fechares os olhos sem apagar o som. Amar é saber estar. É ter respeito. É ripostar um "Bom dia!" depois de um "Obrigada!". Amar pertence-te como o direito de errar. Quem erra pela segunda vez percebe. Amar mostra o teu verdadeiro eu sem expôr todos os teus segredos. Deixa-te levar. Amar é trair o tempo e não o momento. Tu primeiro amas-te a ti para depois te deixares amar o Mundo. 

terça-feira, 17 de janeiro de 2017

Sem final feliz programado.

Eu não andava à procura de nada quando encontrei o que nunca esperei encontrar. Na verdade, eu nem estava preocupada com procurar algo ou alguém. Mas aconteceu. Simplesmente acho que há coisas destinadas. Prontas a acontecer. Encontrei-te a ti e a mim no meio desta confusão toda da pessoa que sou. Foi simples. E acho sinceramente que é assim que as coisas começam. Quando não estás à procura de nada e de repente percebes que tens alguma coisa. Do nada para o tudo. Assim num abrir e fechar de olhos sem preocupações de terçolhos maldispostos. Normalmente corre mal por me preocupar demasiado com tudo e todos. Sempre a mim. E eu não quero ser tudo para todos. Eu quero ser apenas quem tu queres encontrar. Fruto de um mergulho profundo em pessoas rasas. E agora sei que quem se importa pode estar longe. Pode ter falado contigo uma vez ou simplesmente nem ter falado. Quem se importa demonstra-o sem grandes preocupações. Pode participar num olhar profundo a dois e nunca mais te ver. Às vezes quem te percebe não pode ficar. Se tiver que chegar, chega. Não vale a pena procurar. Alguém põe as pessoas no sitio errado à hora certa por algum motivo. E há de chegar aquele momento que queres guardar esse motivo numa caixinha e ficar com ela para sempre. Porque a probabilidade era nula e mesmo assim aconteceu. Sem final feliz programado.
"Tu saltas, eu salto, certo?" 

domingo, 1 de janeiro de 2017

Um brinde a ti.

Um brinde a nós. A todos os desejos que viajam neste momento nas 12 passas da meia noite. A todas as rolhas de champanhe que tomaram o céu sem limite. A todas as correrias para chegar a tempo do fogo de artificio. A todos os abraços, beijos e apertos de mão. Um brinde a quem completou 2016. A quem viu o Mundo em colapso com acontecimentos de chorar e quem riu com momentos de recordar. Um brinde aos portugueses. Ao cair e levantar de 11 milhões. Ao grande presidente que ganhámos e aos que iremos recordar. Uma passa por saúde, amor e família. Um abraço pelo melhor de 2017. Agora, queremos mais. Queremos um ano de momentos, de amizades e de objetivos cumpridos. Queremos mais porque merecemos mais. Queremos que a diferença de um 6 para um 7 seja mais que uma conta de somar. Queremos mais saídas, mais "Vamos" ditos com convicção, mais "Eu consigo" com certezas. Queremos muito do possível e histórias de impossível. Queremos viagens a muitos e dormidas a poucos. Queremos beijos a dois e músicas para a vida. Queremos que 2017 não seja o ano mas sim o momento. Queremos noites de cinema a vários e quilómetros feitos com muitos. Queremos um 2017 com vida. Um brinde a quem merece. Um brinde ao melhor de nós. Um 2017 ímpar de faz mais e pensa menos.
UM BRINDE A TI. Um brinde ao futuro.

Há pessoas que nos põem nervosas.

Há pessoas que nos põem nervosas. Que nos deixam impacientes por segundos de companhia. Que nos abraçam de palpitações no coração. Há pessoas que nos deixam com dores de barriga estranhas. Que nos fazem sentir especiais mesmo sem se aperceberem. Que unem palavras como nunca ninguém as uniu. Há pessoas felizes com a vida que nos deixam felizes com o tempo. Pessoas que surfam ondas de positivismo mesmo depois de grandes quedas abismais. Lá nessa terra há pessoas que sabem aquecer outras em dias de frio. Que respeitam os momentos de silêncio dos filmes e aparvalham quando é para aparvalhar. Que se fingem de surdas quando a conversa nada interessa e ligam o som do coração quando o termómetro apita. Lá no fundo há pessoas que nos fazem nervosas mesmo sem saber porquê. E, descartando o Pai Natal, só "A" pessoa faz isso. Mesmo que o plano B já tenha sido traçado ou os duendes estejam de férias. Aprende a fazer falta. Principalmente para quem sabe onde te encontrar.