terça-feira, 23 de maio de 2017

Eu quero dar mais sentido ao Universo do que o número 42.

Eu quero dar sentido ao Universo. Sem destruir ideias, quero fazer sentido na lógica do Big Bang. Afirmar-me Einstein por loucas teorias eternas e histórias de poeiras perdidas numa imensidão de escolhas cósmicas. Quero motivar-me para alcançar mais palavras contadas em anos luz e provar que o Mundo não gira à tua volta. Por muito que penses que alguma vez girou. Arranco o destacável das promoções que as estrelas guardam e uso-o para te dizer que a jornada é mais importante que o destino. Porque sabes bem a verdade. Que quando não dizemos o que sentimos, a estrela polar vai embora sem saber que talvez tivesse motivo para ficar. E vai embora tanto de coração como de cabeça. Desaparece sem deixar rasto porque as provas do tempo imortal foram contigo enquanto ganhavas coragem para falar de astros. Quem faz céus de distância procura as milhares de coisas que ficaram por dizer. Centra-se no absurdo sem se preocupar com opiniões de quem se acha crítico demais. Eu quero dar mais sentido ao Universo do que o número 42. E ás vezes custa. Mas custar vale o Mundo inteiro e os arredores. 

quarta-feira, 17 de maio de 2017

Fleumática.

Certifico-me que todos os dias aceito o espaço que há entre o que sou e o que quero ser. Equilibro-me na fugaz corda bamba que a vida me dá. Penso no que já conheci e recordo-me do que sou. Agora. Sem pretensões de futuro. Sem lamechices de estar sozinha no Mundo. Abraço-me sem medo de retorno a longo prazo. "Primeiro acredito, porque é assim que tudo começa. Depois, descomplico, porque é assim que tudo avança. A seguir confio, porque é assim que respiro fundo.". Fleumática, reconheço o céu azul de pensamentos. Equilibro-me e penso que nada nem ninguém me pode parar. Que um estar só é muito mais que um estar só. Que me dá oportunidades estrondosas de perceber que o "para sempre" é composto de "agoras". Às vezes não há nada mais a fazer. É deixar chover e esperar que o raio de sol mais próximo flutue na panóplia de caminhos eternos que há. Alguém há de aparecer e perceber os meus ciúmes sem razão e as minhas vergonhas mais profundas. Alguém há de dançar mesmo sem saber como, só para me animar nos momentos mortos da vida. Alguém há de me fazer rir até chorar. E neste tempo todo, reúno toda a sorte que tenho e tento perceber o anjo da guarda que me foi dado. Apenas sendo paciente. Espero. Porque alguém irá aparecer muito sorrateiramente num dia menos bom. Pelo menos, assim me caiu na almofada a estrela que o ditava.

quarta-feira, 3 de maio de 2017

No Drama Llama.

Os dramas que te surge na cabeça não passam de meros alfinetes que tentam encontrar o invulgar local de repouso de ideias absurdas. Surgem de dias menos bons. Esquecidos na mente de quem nunca os relembra. Dramas são casos a ponderar. Não se desprezam na eventualidade de um dia fazerem sentido existir. E não se escondem por razões que te fazem pensar se algum dia, por mero acaso de gente, alguém os encontrará debaixo do monte de ideias postas a um canto. Dramas são dramas. Corroem os pensamentos sem qualquer sentimento de estima pelos neurónios que se vão escapando ao mortal aglomerado de massas interiores. Definem-se em pequenos sacos de pó que atingem o limite de histórias mal contadas por outros que não tu. Dramas são dramas na sua essência de ser. Hierarquizam momentos como mais ninguém o sabe fazer e obrigam-te a tomar as decisões mais ponderadas de segundos. Quem dramatiza sabe que escrever uma carta de pensamentos na escuridão de cabeças frias nem sempre resulta da melhor forma. Porque o único que não passa por isto, sabe menos que uma mula.
No Drama Llama.