quarta-feira, 27 de maio de 2015

Este é o meu Mundo. Calem-se todos.

Persistir. Por grandes deceções. Lutar até ser o melhor. Alcançar o objetivo. O derradeiro. Ser finalmente reconhecido. Por ti próprio. Tanto na vitória como na derrota. Lutar por quem deposita toda a confiança em ti. Todo o orgulho. Todos os passos de um ano ou dois. Todos os momentos eufóricos vividos no sentido de mascarar a luta que realizamos todos os dias. Ao acordar e ao deitar. No decorrer de dias que não chegam ao fim. Naquelas duas horas de pleno "Este é o meu Mundo. Calem-se todos!". Lutar sempre trouxe problemas. Mas é nos momentos mais difíceis que os nossos verdadeiros "Eu's" despertam. Numa luta conjunta. Numa vitória de etapas. Num percurso sem borrachas. Sem "Vamos voltar atrás e fazer tudo de novo". Isso não existe. Não há cá segundas oportunidades. O que tiver que ser, será. Agora. No momento. Tempo. Lutar implica decisões. Cabeça. Pensar e repensar. É a cabeça. Formigueiros e arrepios. Será sempre a cabeça. No bom e no mau a cabeça decide. Efetua hiperligações de horas com momentos passados. Destrói esperanças de minutos. E cria novos "Ai e agora. Não consigo.". É esta bola redonda que carregamos que decide. Psicologicamente. Ou fisicamente. Será sempre a grande cabeça.

domingo, 17 de maio de 2015

Eu bem te avisei.

Há arrependimentos e arrependimentos. Os que vêm acompanhados de desculpa e os que não vêm. Os que levam a horas de pensamento e os que são esquecidos no momento. Há arrependimentos conjuntos e arrependimentos solitários, que te fazem sofrer deitado na cama, de porta fechada e luz apagada. Há arrependimentos inconturnáveis e outros memoráveis. Arrependimentos que vêm acompanhados de um "Eu bem te avisei" ou um "Isso passa", mas que nunca chega a passar porque o ser humano é burro o suficiente para simplesmente não ultrapassar. Há arrependimentos noturnos e diurnos. Mas há que eleger a vasta gama de estrelas que já ouviu lamentáveis choros e assistiu a incontornáveis discussões mentais solitárias. Há arrependimentos de voltar atrás e arrependimentos de não voltar. E como tudo na vida, há bons e maus arrependimentos. Daqueles de guardar na grande caixa vermelha, sem portas nem janelas, que carregamos ao peito e daqueles que são atirados pela janela do carro, num dia de chuva a alta velocidade. Também há arrependimentos que matam. De saudades. De " Eu podia ter feito mais". De palavras que não são ditas na altura certa. Há arrependimentos de arrependidos e de não arrependidos. Arrependimentos escritos em linhas e arrependimentos falados de horas. Há arrependimentos constantes e arrependimentos que contornam a eternidade. Arrependimentos simplesmente guardados nos bolsos das calças que mais tarde ou mais cedo se desfazem na máquina de lavar e arrependimentos presos debaixo da almofada ao deitar. Há arrependimentos e arrependimentos. Não te arrependas!

domingo, 10 de maio de 2015

Bora fugir daqui?

Acho que saía daqui por uns tempos. Mochila às costas e adeus. Adeus aos momentos vividos e aos que ficaram por viver. Adeus às memórias permanentes. Adeus às ideias guardadas no tempo e que nunca foram concretizadas. O habitual. Alimentar falsas esperanças é o pão de cada dia. Podíamos fugir. Ou melhor: eu podia fugir. Seja o que for. Venha o que vier. Sentir a adrenalina de não deixar de fazer cenas por causa de medos conjuntos. Eu. Pelo meu próprio pé. No meu próprio mundo. Um adeus. Eterno ou não será sempre um adeus. Adeus às horas de revolta. Às duas luzes do universo: o dia e a noite. Às conversas noturnas escondidas de todos. O que ninguém sabe, ninguém estraga. E adeus aos olhares discretos perdidos na revolta da noite entre a imensidão de gente de alma vazia. Adeus a tudo. Adeus a todos. Um até logo permanente.