domingo, 4 de dezembro de 2016

A verdadeira razão das cartas ao Pai Natal.

Vou com 2 meses e meio de faculdade. Dois meses e meio que levei a perceber se o curso em que entrei foi o certo ou se para o ano vou virar as cabeças de quem me conhece de pernas para o ar a tentar perceber que raio é que eu estou a fazer… Lancei-me na aventura dos mais crescidos em setembro. Larguei a minha cama de estimação na cidade que, achava eu, estava a precisar de descanso de mim e ganhei dois companheiros de casa alfacinhas. Demorei pouco a perceber que, aqui em Lisboa, gostam muito de atrasos nos transportes públicos e que o metro não passa de um jogo de “Se calhar tem que emagrecer para caber naquele espacinho minúsculo por baixo do sovaco daquele senhor.”. Habituei-me aos anos de espera de tudo e mais alguma coisa e reconheci que o melhor mesmo é ir a pé quando possível. Rapidamente criei a minha própria definição de vida de universitário: SONO, FOME e FALTA DE TEMPO. Não há um segundo que nos salve daquela cadeira que todos estamos destinados a chumbar no primeiro semestre e que vamos desejar ter como prenda de Natal um 9.5. Entretanto, lá para meio do primeiro mês começas a adaptar-te às chamadas exaustivas da tua família e a perceber que sentes saudades de casa. Começas a adorar fins de semana como nunca adoras-te e a odiar ter quase a roupa toda na tua casa emprestada. Mas por muito que tenhas milhares de problemas, que não saibas cozinhar ou que deixes de falar a alguns amigos a vida continua pah!! Ou não tinhas percebido que o 12º é um bónus único na tua vida de estudante e que daí para a frente vai ser sempre a bombar (no estudo e nas festas). Deixa lá essa cara de carneirinho mal morto e faz o curso que tu queres. Deixa a opinião dos outros navegar pelos teus ouvidos. Ao fim dos dois primeiros meses sabes se tens sorte na faculdade ou se a tua vocação sempre andou no jogo ou no amor.

Alguma coisa liga. Se não atender provavelmente estou ocupada a escrever uma carta ao Pai Natal a dar razões para ver se tenho o tal 9.5.

Saudações do 86533 do curso de Arquitetura do Instituto Superior Técnico.

terça-feira, 1 de novembro de 2016

Simplesmente sabes.

Sabes quem te quer. Quem te segura se caíres . Quem te ouve sem nunca te mandar calar. Quem tem a certeza que gostas mais daquilo do que de tudo o resto. Quem muda por ti. Quem alcança o que sempre achaste inalcançável para te mostrar que nem tudo o que pensas que é impossível  é impossivel. Sabes quem gosta de ti sem deixar de gostar do mundo. Quem pára o relógio  para que o tempo não passe contigo. Sabes que alguém, um dia, te venerou. Quis ser como tu por seres quem és.  Alguém, um dia, sonhou ter um mundo igual ao teu. Trocar de papéis para sentir isso de "ser amado". Sabes que és mais que tudo o resto. Que espalhas ideias  diferentes sem retirar razão aos outros. Que unes cabeças sem destruir ligações sentimentais. Sabes que és dono de ti. Que te mexes para o mundo sem que mudes o destino. Que sorris sem nunca deitar abaixo os que veem o mundo cinzento.  Que sabes dar valor às pequenas coisas da vida. Que lutas contra o relógio para conseguires pôr todas essas ideias no papel. Sabes que és menos importante que o sol. Que deixas os outros confiarem em ti. Sabes que na verdade moves gente. Tu simplesmente sabes.

domingo, 30 de outubro de 2016

Aqueles pequenos pormenores.

Às vezes sorriem-me. Deitam-me a língua de fora como um cumprimento de conhecidos. Estendem a mão ou beijam as bochechas de todos e mais alguns. Correm feitos loucos  para um abraço aconchegado que dura segundos de alegria. Pequenos pormenores são aqueles que não se veem de fora. É um beijo de boa noite de um pai ou de uma mãe e um doce dado pelos avós. Um pequeno pormenor é uma palavra simples dita no momento certo. Um "Estás bem?" que só alguns sabem como perguntar. Um pequeno pormenor é mesmo pequeno. É deixarem a estrela da árvore de natal para tu colocares. É tirarem o dia de folga para estarem contigo no teu dia de anos. É defenderem-te numa conversa acesa mesmo sabendo que não  tens razão. Um pequeno pormenor  é mandarem-te um miminho pelo correio. É ligarem-te sem razão ou aparecerem à tua porta com um gelado do Mc. Pequenos pormenores são restritos para quem os pode ter. Eles extinguem-se sem dares por isso.  Aproveita. Pequenos pormenores são raros.

domingo, 16 de outubro de 2016

Nós nunca nos soubemos ter.

A verdade é que todos os momentos que passámos juntos não chegaram a ser uma vida. Largámo-nos antes disso, sem que escrevessemos uma história de idas e vindas. Cheguei a achar que era só eu que não conseguia deixar de pensar nessa tua maneira de ser diferente mas percebi que tu não podias correr atrás de quem não querias. Voámos horizontes sem nunca deixármos de ser nós e invadimos sonhos um do outro sem que as ondas do mar produzissem olhares. Lembro-me que sorriamos um para o outro e tolerávamos dias menos bons com estupidezes de momento. Contávamos segredos incontáveis enquanto guardávamos a "chave" do baú debaixo das almofadas de sonhos futuros que, agora sabemos, nunca iriam acontecer. Às vezes pensava no que estarias a fazer em dias de trovoada. Sempre achei que esses dias mereciam um tratamento especial de lareira e filme no sofá. Apetecia ligar-te e dizer-te que as estrelas caem do céu quando o Mundo pensa demais. Mas não... Ficava na minha e esperava que um vizinho me abrisse a porta desse horizonte indecifrável. A saudade aperta de vez em quando, e eu fico sem chão quando penso que tudo mudou tanto em menos de uma estrela cadente. Pergunto-me se ocupámos o tempo a ser quem eramos ou se o gastámos a parecer que eramos um. Tenho dúvidas sobre tudo. Mas sei que um dia esse adeus vai surgir... nem que seja depois de um "Desculpa, atrasei-me sem razão.". Porque nós não nos soubemos ter, nem nunca saberemos.

sábado, 15 de outubro de 2016

1... 2... 3... AÇÃO!

Sabes porque é que às vezes tens menos atenção? Porque o mundo não gira à tua volta sem antes tomar as devidas precauções. Porque tu não és sempre o sapo da princesa misteriosa mesmo achando que és insubstituível. Às vezes o mundo mede bem as estrelas que põe no céu e as que deixa escapar com o vento das tuas ideias manhosas.  Há momentos que tens menos atenção porque simplesmente não podes ter mais... Às vezes o céu está mais bonito que tu e as atenções são desviadas para aquelas paisagens dignas de quadros em museus. Mas tudo bem. A atenção não se mede aos palmos. O vento rouba os ouvidos das pessoas por uns segundos e os planetas são roubados pelo sol desde sempre. Só não tens mais atenção porque às vezes irritas quem te rodeia. Fazes de ti um rádio sempre a disparar músicas e as pessoas fartam-se. É assim... Às vezes tens menos atenção porque o realizador da tua história assim o decidiu. Por isso prepara-te... 1... 2... 3... AÇÃO!

segunda-feira, 22 de agosto de 2016

Do avesso.

Sempre quis imaginar a Monalisa de bigode. Pôr orelhas de gato num elefante e fazer as toupeiras voar. Às vezes ponho-me a imaginar as pessoas com patas de galinha e a pôr ovos de semana a semana mas depois lembro-me que os patos não sabem falar. Sonho com laranjas azuis e deixo que o mar vire cor de rosa às bolinhas amarelas. Sinto que os candeeiros deviam dar dinheiro em vez de luz e as latas de refrigerantes conter chocolates de menta que viciam. Gosto demasiado de flores mas adorava que cheirassem a morangos acabados de apanhar. Queria que os botões do rádio mudassem os sentimentos das pessoas e as ondas de calor se transformassem em tempo de descanso infinito. Às vezes imagino que o choro dos bebés se transforma numa plena harmonia de sons num concerto de jazz e que as noites mal dormidas não passam de favores pagos em insónias. Vejo-me a apanhar ondas numa escova de dentes e a imaginar o Johnny Depp sem aquela pinta de engatatão. No entanto gosto mais de vestir camisolas do avesso... Errar é humano.

terça-feira, 19 de julho de 2016

Tempo.

Algumas pessoas preenchem espaços e outras simplesmente tornam os momentos menos solitários. Deixam que as profundezas dos olhares sobressaiam sem grandes esforços. Desimpedem as células sentimentais de obstruções vasculares e fazem do céu algodão mais doce que o normal. Às vezes as pessoas menos esperadas tornam-se cabeças importantes. Transformam dias de nevoeiro em ventos de mudanças repentinamente boas. Penteiam os cabelos desorientados. E apercebem-se que a ironia do destino passado obriga a apreciar o silêncio para se conhecer o barulho de multidões de sentimentos descontrolados. A verdade é que preencher espaços impreenchíveis é perigoso. Arranca palavras noturnas ao sono profundo e atira pedras de lágrimas sem necessidade de água doce. Na realidade abstrata o importante é fazer alguma coisa em vez de matar o tempo. Arrancar todos os minutos das horas e todas as horas dos dias. Porque no meio disto tudo, o tempo é que nos tem morto. Aos dois. Sem dó nem piedade. Com uma única visão do mundo. O tempo.

quarta-feira, 13 de julho de 2016

Energia Útil.

Acredito na mudança infinita do rumo de vidas despedaçadas. Na alteração imprescindível do sentido das mentes. Aceito uma súbita suspeita de união de gentes. E compreendo a desarrumação de cérebros confundidos por palavras. Organizo o meu espaço sem grandes modelos históricos de páginas de livros de etiqueta. Ocupo a cabeça de mexericos. E deixo que o vento alimente os sonhos de criança. Penso no mundo sem grandes feitiços. Acredito em magias necessárias à sobrevivência. E venero a capacidade de armazenamento poluente de certos cérebros. Pego nas ondas das correntes de dificuldades e transformo-as em energia útil. Agarro nas verdades e deixo que escorram na cara de míseros imbecis.  Alimento a fome de metas inalcançáveis. E deixo que o céu torne possível voos de galinhas. Viabilizo possibilidades impossíveis. Organizo labirintos de ideias de milhões. E fico-me por aí... pelas ideias, porque os milhões só vêm com esforço. Encarrego-me de perceber o que vai na cabeça dos outros. Redijo testamentos que nunca partilharei. Movo lembranças de dias memoráveis. E solto os cabelos ao vento como quem solta uma lágrima num momento inoportuno... em harmonia com o Mundo.

quarta-feira, 15 de junho de 2016

Tudo bem? Sim, e contigo? Também!


Se definires "Tudo bem" como vida monótona, sem acontecimentos que mudem o rumo das coisas, nomeadamente  ganhar o Euromilhões, choverem gomas ou tornar-me  no Bill Gates versão II, então sim, está "Tudo bem". Se optares por definir "Tudo bem" por "Tudo bem", tipo mesmo "BEM", então está  "Tudo mal" contigo. Só está bem quem não pensa. Quem sabe que um "Preciso de falar contigo" deixa borboletas no estômago. Quem não cede a pedidos de desculpa inaceitáveis. Quem jura deixar que outros refilem e adora ver discussões  desnecessárias. Só está bem quem move meias durante o sono. Quem, por magia, sonha alto. Quem não deixa que a chuva estrague o dia. Quem sobe montanhas sem "pingar" uma palavra de cansaço. Pausa. Quem "está mal" culpa os outros. Queixa-se do positivo e do negativo sem saber o que realmente é bom ou mau. Deixa que o desejo se torne sonho monótono. E chora nas costas dos outros. Um "Tudo bem" que é um "Tudo mal" pede um "Conta tudo e deixa-te de tretas". É inevitável. E se não queres contar o que te tira do sério, só tens uma opção: responder "Tudo bem" com cara de quem acabou de ganhar asas.
"Tudo bem?"
"Sim, e contigo?"
"Tamb
ém."

domingo, 5 de junho de 2016

Tu és incrível.

Tu és incrível. Diferente do normal. Isso é ótimo. Melhor que tudo o resto na vida. Destacas-te por seres tu. Por seres essa pessoa incrivelmente anormal. Isso é bom. Não te deixes ser rebaixado por estronços estúpidos que não têm nada de perfeito. Deixa o imperfeito correr nas tuas veias. Atira-lhes isso à cara. Não há coisa melhor que espetar verdades à cara de pessoas que não olham com olhos de ver. Corre na tua essência de ser. Sem mudança de opiniões adotadas por influência de quem te quer mudar. Cria o teu planeta. Habita-o de ti. Alimenta-o de positivismo e deixa que ele te alimente de recompensas. O que é bom acaba por vir sem que se tenha que acreditar na sorte. Tu giras à volta do Mundo e completa-lo de magia. Brilhas de bem e ultrapassas obstáculos como um super herói. O poder de ajudar os outros estanca-te as feridas. És único. Obrigada. 

quinta-feira, 19 de maio de 2016

Faz-te à vida.

Sabem... Estou feliz sem razão. Bem com a vida sem porquê. E estou-me pouco lixando para as vossas opiniõe'zinhas de tigela vazia. Gosto. Sinto uma concretização plena sem sequer ter levantado o rabo do sofá. Isso deixa-me completamente diferente. Salpicada de boas recordações temporais. Sinto que tudo o que faço deixa o meu corpo fluir com espaço infinito. Mergulhos numa piscina de bolas de plástico. Gosto do sabor da manhã mesmo que as torradas estejam mais queimadas que o habitual. Rotinas desacertadamente diferentes. Sinto-me criança. Os dramas das crianças são os melhores... "Gelado de baunilha ou de chocolate?". Na verdade sinto-me uma espécie de Peter Pan crescido sem medos nem receios. Simplesmente as coisas nem sempre resultam como os nosso sonhos planeiam. Mas às vezes sabe bem. Modera o sentido da vida. Altera o destino do bilhete. Talvez no futuro resulte . Talvez no passado resultasse. Mas há coisas que não foram combinadas para dar certo no momento ideal. E o tempo não espera... faz-te à vida.

domingo, 1 de maio de 2016

Feliz dia, todos os dias... Mãe.

Ela sabe que não é perfeita. Que muitas vezes excede o limite de decibéis a que deveria ter chegado. Que se torna chata quando repete "Leva o casaco, está frio na rua!". Que te chateia quando não te deixa sair a um dia da semana. Que provoca discussões de meia-tigela entre vocês. Que não compreende tudo o que realmente queres que compreenda. Mas no fundo,  ela faria tudo de novo. Porque sabe que o "perfeito" não existe. Sabe que nunca terá alguém para te substituir. Porque sabe que te ajudou a superar os obstáculos que tiveste na vida. Porque te aturou em "dias não". Porque te consulou enquanto tu choravas. Porque te carregou por mais de 9 meses e nunca se queixou. Porque se esforçou para que nunca te faltasse nada. Porque sempre que percebia que estavas mal te animava. Porque te vigiava enquanto dormias para ter a certeza que adormecias sem frio. Porque na verdade fazes parte dela. És como um dos 8 tentáculos que o polvo tem. E por muito que haja 8, ela só quer o teu. Porque ela sabe que não é perfeita. Mas estará sempre em primeiro lugar.

domingo, 24 de abril de 2016

Prazer, Eu.

Tenho 17 anos e nunca tirei da cabeça a ideia de que o Mundo gira à minha volta. Acho que a maioria é assim: egocêntrica dos pés à cabeça mesmo que não o note ou não o queira notar. Não tenho remorsos. Um dia sei que aquele sonho de ser rica pode vir a ser 1% possível e isso deixa-me com um sorriso nos dentes que preservo com o montão de pastilhas elásticas que como durante o dia. Gosto de ser eu. Sem grandes "stresses dramáticos" de choro e noites de insónia. Só demonstro lamechices interiormente: o diabo exterior não precisa de saber se fiz feridas internas, abertas pelas palavras dos ignorantes. Gosto do quente dos pés dos outros no inverno e das mudanças repentinas de temperatura. Gosto de adivinhar o dia de amanhã mesmo sabendo que pode ser estragado por um anormal qualquer que não gosta de estar bem com a vida. Sou normal dentro da anormalidade do Mundo. Tenho mil pensamentos dispensáveis. Sou fiel a quem me é confiável. Gosto do barulho das ondas do mar e do cheiro da relva em dias de chuva. Gosto de banhos de espuma de horas e de música aos altos berros durante o duche matinal. Venero camisolas as riscas e sou uma confidente de "pinky promisses". Simplesmente respiro. Não mais que tu. Não menos que tu. Mas estou constipada.

quinta-feira, 7 de abril de 2016

Testamentos temporários.

Não aguento mais tempo neste reboliço de ideias férteis. Sabes o que sinto e insistes em magoar-me de forma discreta. Longe de mim mas mesmo assim espetando facas de perto. Dou o benefício da dúvida porque talvez não percebas o quanto me fazes mal. Ou percebes e gostas de ser masoquista. Cabeças contra a parede. Provavelmente estás-te bem cagando nestas minhas lamechices mas mulher que é do sexo feminino jura o eterno enterramento do coração perdido. Só preciso de saber se é para o enterrar já ou se o funeral precisa de tempo para respirar... Eu sei que falo demais, que grito e esponho as minhas ideias aos altos berros, que me faço ouvir no condomínio inteiro e que os vizinhos de cima me acham uma "chata" mas discutir contigo é essencial na minha vida... desculpa mas não mudo por ti. Nem por mim mudarei, portanto escusas de achar que isto é assim. Sou eu. Independentemente de tudo continuarei eu. Porque mesmo sabendo que não estás decidido, ainda vais ter alguém nem que seja no último dia da tua vida. O teu testamento será eterno. Mesmo que eu seja temporária. 

terça-feira, 5 de abril de 2016

Guia de viagem de um sobrevivente.

Cheguei há dois dias da minha viagem de finalistas. Estou inteira. Não digo que foi a melhor semana de sempre mas foi sem sombra de dúvida das melhores. Não me arrependo de nada. Aproveitei ao máximo os 600€ que me custaram a sair do bolso como dinheiro que ganha asas, mas valeu. Tenho pena dos que se enfrascaram em álcool e passaram as noites a dormir, porque digo-vos amigos, pagar esse dinheiro para ficar no quarto mais valia terem ficado pela vossa caminha no silêncio dos deuses. Fiz amigos que davam para encher um campo de futebol tipo sardinha enlatada e reforcei amizades que sei que durarão mais alguns anos certos. Aprendi a viver em sintonia com 30 pessoas. A almoçar e a jantar comida não feita pela avó e aventurei-me em horas extremas de pequeno almoço. Testei os meus limites de sono e levei a minha desarrumação ao extremo. Voltei com os pés abrasados e as pernas a precisarem de 1 mês de descanso. Percebi que nem tudo vale a pena mesmo sabendo que um dia já valeu. Entrar em stress não conta nestas viagens: relaxa e vive o mergulho na piscina e o sol da praia. Senti a música. Gritei e fiquei sem voz durante os 5 dias de concertos. Vivi momentos únicos de pura loucura mas vai valer o mundo quando os recordar. Não te deites cedo, vais ter tempo para dormir durante o dia e não vais ter ninguém a chatear-te para acordares. Tenta não te chatear com ninguém, está tudo ali para o mesmo. Se achares que algo de anormal se está a passar tira fotos ou faz um vídeo. Vai ser hilariante quando reviveres tudo isso.Causa danos colaterais de pouca dimensão como por exemplo ligações de telefones entre quartos a dizer que as caução foi ativada. Vais adorar o pânico dos outros. Dá noticias aos teus pais todos os dias se não vão achar que rebentou uma bomba no sitio em que estavas ou que foste raptado por extraterrestres. Quando te empurrarem nas discotecas, caga. Não há absolutamente nada que possas fazer a não ser voltar a empurrar. A primeira vez que chegares ao quarto, guarda tudo o que se puder partir, não queremos perder o dinheiro da caução. Protejam-se à  saída do autocarro na chegada a Portugal: os vossos pais vão conseguir ser os maiores chatos e encherem-vos de mimos e perguntas às quais não vais querer responder. Cheguei da viagem de finalistas há dois dias e as saudades já apertam. Quero voltar, nem que seja em sonhos. Trago presentes para todos. Boa estadia.

quarta-feira, 23 de março de 2016

Um "não" como resposta.

É triste quando percebemos que a nossa esperança termina no voice mail de alguém. Ficamos sozinhos. Isolados do mundo. Só nós. É triste mas habituamo-nos a lidar com isso. Vai acabar por haver um dia em que a solidão vai passar a ser o nosso melhor amigo. E a partir daí somos só nós. Vamos percorrer longas noites de pensamentos e tentar perceber o porquê de ninguém nos querer. Talvez sejamos nós que não deixamos que ninguém nos queira, mas é preferível assim. Às vezes gente a mais atrapalha. Deixa-nos cientes da imensidão de gente igual que anda por aí. Faz-nos pensar que queremos mais. Queremos diferente. E sobretudo queremos o que ninguém tem, nem que seja preciso fazer os possíveis e os impossíveis para o ter. É necessário perceber que o cérebro pensa eternamente e que não é por certas palavras que o coração deixa de receber sinais. Telegramas dispensáveis que se convertem em fúrias imensas. Às vezes é preciso afastar gente da nossa vida. Mesmo que essa gente sejas tu de costas viradas para o mundo. Porque mesmo sendo eterno, o mundo também recebe um "Não" como resposta.

quinta-feira, 17 de março de 2016

Não sejas feliz para depois seres triste.

Tu tens que te magoar. Ou precisas que te magoem. É assim que se aprende. As pessoas mais fortes lá fora são as que lutaram durante "anos" por um sorriso genuíno. São as pessoas que enfrentaram as "batalhas" mais complicadas. São os maiores empreendedores no que toca a controlo. Porque essas pessoas decidiram que não vão deixar que nada as destrua, que as deixe "ir ao fundo",  que as leve ao abismo. Essas pessoas estão a mostrar ao mundo quem é o "boss". Estão a apanhar o ritmo da vida de topo. Estão a "curtir" o Mundo como ondas de surf prolongadas. As pessoas mais felizes são as que pensam com a cabeça e não com o coração. São aquelas que ouvem as palavras sábias da mente nos dias mais cinzentos e as aplicam em dias de arco íris. São as que ignoram "bocas invejosas". As pessoas mais felizes são as que se autodestruiram e se voltaram a construir ao longo dos tempos. São as que vezes e vezes sem conta deixaram a cabeça explodir devido ao excesso de pensamentos. Ao aglomerado de ideias sonhadas e não concretizadas. As pessoas mais felizes são também as mais tristes. É impossível ser feliz sem antes ter sido triste. As coisas são assim: tristes para depois serem felizes. Sê triste e só depois feliz. Não sejas feliz para depois seres triste.

domingo, 13 de março de 2016

"Para sempre"

"Para sempre" é muito tempo. E prometi a mim mesma mil vezes ou mais que seria "para sempre". Que me respeitaria sem ferir sentimentos indesejados. Mas não consegui. Feridas duram como calos. Aparecem do esforço a mais. "Para sempre" engloba o mundo. Roça o inalcançável.  Agarra o imperfeito e o indesejável. "Para sempre" faz jurar vidas. Constrói e destrói relações finitas. "Para sempre" dura até ao infinito. Num labirinto de acessos ao "Para nunca". Quero o universo mas mereço Marte. Voei até à lua para que fosses meu, ó Céu. Planeei o fogo de artifício de manhã, para me destacar pela diferença. Fui louca por ti sem que nunca tivesse que ser internada. Ouvi mil coisas a teu respeito. Más na maioria. Mas podes ter a certeza que te defendi mesmo sabendo a insignificância que sou para ti. Por muito que não aches isso, respeito-te. Mas odeio-te na mesma. Vulgarizo-te mas acho-te invulgar. Como o céu ao mar. Mas precisas de tempo para fazer uma respiração de senhor. Nem que seja uma vez na vida. A primeira e a última. Como quem ganha controlo e juízo. Precisas de um "para sempre" infinito do tamanho de uma formiga. 

quinta-feira, 10 de março de 2016

Vamos pôr a teoria à prova?

Espero que durante este tempo todo não tenhas ficado a apanhar estrelas cadentes. Elas só aparecem quando querem. Momentos únicos para quem pode. Num certo local. A uma certa hora. Com ou sem companhia. Momentos estrelados pouco comuns. Desejamos o mundo como quem deseja a sorte. Na verdade não desejamos por um sonho perdido, desejamos por uma pedra espacial que viaja a milhões de metros por hora... Estrelas cadentes são meteoritos. Por sorte ou azar os desejos são pedras luminosas que percorrem milhares de kilometros até ao destino. Atrito entre corpos sólidos. Como tu e eu em noites de trovoada. Segundos de magia. Iluminação de duas mentes apagadas na essência de uma delas não precisar de chama. Impactos. Duas bocas sem nada por dizer. Apenas observam o movimento fluorescente do corpo humano. A noite leva almas perdidas e traz outras por achar. Contra exemplos de provas impossíveis de contadizer. E deixamos a noite descansar... Deitados por engano no corpo celeste da mente. Vamos mesmo pôr a teoria à prova?

domingo, 28 de fevereiro de 2016

Caminhos descruzados.

Tenho certezas de que nos vamos reencontrar um dia. Quando tu tiveres cabeça e eu não tiver coração. Se calhar vamo-nos reencontrar no momento mais inesperado. Quando formos mais velhos e a nossa mente menos ética. Quando eu for certa para ti e tu certo para mim. Mas neste momento eu sou um autêntico caos para os teus pensamentos e tu um autêntico veneno para o meu coração. Caminhos separados com mentes juntas. Talvez nos reencontremos um dia. Talvez nos reencontremos por baixo de um fogo de artifício de mudança de ano. Se calhar aí já vais ter noção que as pessoas também acabam como os foguetes. Talvez te reencontre no supermercado. Dois donos de casa à procura do corredor dos gelados. Gelados são o acompanhamento de qualquer solteiro. Talvez te reencontre pela cidade mais inesperada para te encontrar. Provavelmente já vais ter casa própria e sair todos os dias para beber um copo ou dois. Ou simplesmente te reencontre no meio da rua em pleno dia de chuva. Talvez a chuva nos lave a cabeça. Talvez a chuva molhe parvos como nós.
Temos reencontro marcado, só não sabemos para quando.

terça-feira, 23 de fevereiro de 2016

Na ponta da língua.

Tenho palavras na ponta da língua que às vezes não querem sair. Ou então saem sem querer em momentos de delírio extremo. Tal como as verdades fogem da boca dos bêbados para os ouvidos dos sóbrios, as mentiras fogem da boca dos sóbrios para as mentes dos inocentes. As palavras na ponta da língua acabam por surgir. Com consentimento do possuidor de tal enigma ou sem consentimento. Por mero acaso do destino que decidiu que naquele dia, aquela hora, aquelas palavras iriam sair daquela língua.  Às vezes corre mal e outras vezes também. Às vezes sai asneirada e outras vezes também. Palavras na ponta da língua nunca são bom sinal. Muito menos são se o indivíduo estiver com falta de memória. Falta de memória implica falta de "não contarei tal segredo". E assim se espalham boatos de inteira responsabilidade da ponta da língua. Das duas uma: ou cosem a língua ou cosem o cérebro. Coser o coração não é opção. 

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2016

Confissões de uma adolescente.

Sabes o que é que eu acho? Que na realidade tenho medo que um dia isto acabe. Que todos os momentos que vivemos desapareçam sem nunca ninguém saber o quanto gostei de ti. Tenho medo que não percebas que provavelmente nunca terás alguém que goste tanto de ti como eu gostei. Tenho medo que todos os esforços que fiz para estar contigo desapareçam sem deixar qualquer rasto. Tenho medo que um dia te lembres de mim pela minha cara e não por todos os sorrisos que pus na tua. Tenho medo que me esqueças. Tenho medo de te esquecer. Tenho medo que as nossas mensagens sejam apagadas por uma gaja que me roubou uma das pessoas que gosto mais neste mundo. Tenho medo de exagerar no drama de te perder mas a verdade é que tenho medo disso a todos os segundos do dia. Tenho medo que um dia a tua cama passe a ser apenas a tua cama e não o sitio das conversas mais sinceras de sempre. Tenho medo de nunca mais me lembrar da tua cara a olhar para mim enquanto fazias as piores serenatas de sempre que mesmo assim eu adorava. Tenho medo de perder todos os arrepios que tenho quando me beijas. Tenho medo de não poder contar tudo à única pessoa que tenho a certeza que nunca contará nada a ninguém. Tenho medo que isto acabe. Há mais de um ano que tenho medo que um dia não me mandes mais mensagens. Que me apareças na rua um dia destes com uma gaja e a apresentes como tua namorada. Vou sentir saudades de tudo o que passámos juntos e ao mesmo tempo sofrer por saber que aquela p*ta tem o meu suposto gajo. Ai que nervos.... eu não me apaixono e quando isso acontece tem logo que ser com o gajo mais complexo do mundo. Eu gosto de ti. Pronto já disse. Talvez seja mais do que gostar... tenho medo que me esqueças. Tenho medo de te esquecer. Um brinde ao luar.

domingo, 14 de fevereiro de 2016

Dia de Sem Valentim.

Existe uma diferença entre gostar, apaixonares-te e amar. Gostar é muito relativo. Apaixonares-te é enlouqueceres. Amar alguém é teres todas as certezas de uma só vez. Existe diferença. É como ir ao Mc e pedir uma salada, ou ir ao Mc e pedir um hambúrguer, ou ir ao Mc e pedir um hambúrguer com todos os extras possíveis e imaginários e no final ainda pedir um gelado. Gostar é gostar. É sentires um bloqueio mental e mesmo assim continuares a falar como se nada fosse. Apaixonares-te é sentires as borboletas a voarem no teu interior. A quererem sair para serem recordadas. Não por um milhão de admiradores mas por apenas um. Amar é planeares o futuro. "É comprares um bilhete de ida e o de volta rasgares como fazes à vida." É entregares o coração ao teu oposto. Os opostos atraem-se ou nem sempre. Se falarmos de pilhas alcalinas tudo bem, mas se falarmos de pessoas a coisa é capaz de dar faísca. Por isso não te preocupes se ainda não encontraste o teu oposto. Há 7 biliões de pessoas por aí e tu só precisas de uma. 1+1=2. 2 em 7 biliões. "Cada um de nós é dois, e quando duas pessoas se encontram, se aproximam, se ligam, é raro que quatro possam estar de acordo.". Não entres em pânico. O amor não passa do problema mais complexo do Mundo e nós não somos Einsteins para perceber que um mais um são dois. Mas as coisas hão-de fluir e as pilhas hão-de dar faísca. Só ainda não surgiu o dia. Mesmo que a faísca provoque um incêndio e seja preciso água para o apagar, o teu coração vai acabar por explodir. Um dia.

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2016

365 dias e 1/4.

Num ano muda tudo. Ou então não muda nada. "Mudam-se os tempos e mudam-se as vontades." As pessoas não têm noção das mudanças abismais que o Mundo decide fazer no menor espaço de tempo possível. Altera pessoas. Amigos. Relacionamentos. Estações. Fisionomias. Lugares. Corações. Estados. Sentimentos. Mentalidades. Altera o alterável e o inalterável. Por decisão própria ou por decisão alheia. A sociedade "cai" na ideia da mudança por ser necessária. Mas não é. Acontece por mera decisão. Destinada ou não, simplesmente acontece. 1 ano é 1 ano. Tal como 2 são 2 e 3 são 3. Descobrem-se vencedores e derrotados. Fazem-se promessas. Cumprem-se promessas. E quebram-se promessas. Desilude-se gente e ilude-se gente. Contam-se segredos guardados no fundo do baú. Constroem-se sonhos para o futuro e destroem-se sonhos do passado. Ultrapassam-se etapas e ganham-se novos desafios. 1 ano. Exatamente 365 dias e 1/4. 1/4 de ti. 1/4 de mim. 1/4 de saudades. 1/4 de alegrias e 1/4 de tristezas. 12 meses. 366 dias quando fevereiro decide que merece uma segunda oportunidade. Fevereiro quer. Insiste. Volta a insistir outra vez. E outra. E à quarta lá tem fevereiro o que sempre quis: uma segunda oportunidade. Prontinha para ser desperdiçada. Tal como janeiro tem fevereiro, fevereiro tem março, março tem abril, abril tem maio, até chegar a 12 oportunidades desperdiçadas. O 2 sucede o 1. Tal como a noite sucede o dia. E a maré cheia sucede a maré vazia. Será que ao fim de um ano há segundas oportunidades desperdiçadas?!

terça-feira, 2 de fevereiro de 2016

Deuses, vai um empurrão'zito no nosso destino?!


Tu sabes que essa pessoa sabe. Ele sabe que és dele. E ela sabe que és dela. Simplesmente sabem sem saber. Sabem que são livres mas que nunca serão "largados". Há sempre um alguém que sabe de ti. Embora não queiras. Ou embora queiras. Vais ter sempre um alguém. Por muito que aches que é um "Zé Ninguém", ele vai acabar por te pertencer. E tu vais ser o pertence dele. Por muito que queiras. Ou por muito que não queiras. É assim. Os deuses escolhem e tu aceitas. Ou tens que aceitar. Não tens outro remédio  a não ser manifestar-te internamente com murros no coração. "Coração desfeito em mil pedaços.". Por ti. Pelos deuses. E pelo "Zé Ninguém" que provavelmente nem sabes quem é. Ou provavelmente sabes. Indecisões decididas bem lá no fundo com o consentimento de noites de insónia. Olhos abertos e mentes fechadas ao destino. Obviamente precisamos de ajuda. Deuses, vai um empurrão'zito no nosso destino?!

domingo, 31 de janeiro de 2016

Pilotar planetas não cabe na rotina dos viajantes da Terra.

Acredito que tudo acontece por uma razão. As pessoas mudam para que aprendas a deixá-las ir. As coisas acontecem da pior maneira para que as aprecies quando correm bem. Acreditas em mentiras para que eventualmente aprendas a não confiar em ninguém a não seres tu. Tens as tuas piores fases quando desejavas ter as melhores para que percebas que nem tudo na vida são "rosas". Queres um dia de sol e São Pedro decide dar-te um dia de chuva para que te lembres que não és o centro do Mundo. Pilotar planetas não cabe na rotina dos viajantes da Terra que não percebem que a opinião deles sobre o Mundo é uma confissão do seu caráter. Guardem confissões. Por horas. Por dias. Para sempre. Normalmente são casos perdidos. Intocáveis com o passar do tempo. Até ao final. É por isso que somos todos confissões do Universo. Morremos sem motivo. Nascemos sem planos. E no fim continuamos eternos. Eternamente imperdoáveis.

quinta-feira, 28 de janeiro de 2016

Podemos ou devemos?

Nunca sabemos o que queremos. Não sabemos se podemos nem sabemos se devemos. Sinceramente não sabemos se vivemos ou se morremos na essência de viver sem ser. Acho que o poder de termos nas mãos a nossa vida nos "abrasa". Poder saber que morrer nos pode acontecer deixa-nos estúpidos por viver. Acho que o Mundo gira por girar. Eu sei que posso, agora se devo? Pois... Não devo... Mas posso e quero. A malta quer sempre o que não deve. Típico. Quer o que magoa. O que destrói. O que liga a mente ao coração.  Pelo mais simples e pelo mais complexo. Já todos devíamos ter percebido que não temos sorte no amor e dedicarmo-nos de coração ao jogo. Mas não! Fazer o que devemos nunca foi opção. "All-in" é fugir ao assunto e só foge quem teme. Nós simplesmente cometemos loucuras. Em segredo. Nem toda a gente precisa de saber tudo. Se é que há algo para saber. Às vezes o algo é nada. Outras vezes o algo é tudo. Umas vezes recomenda-se. Outras vezes deseja-se. E às vezes há que mostrar por fora o que se sente por dentro. Borboletas mortas.

segunda-feira, 25 de janeiro de 2016

Porque emergências verdadeiras há poucas na vida.

Eu tenho vontade de dar a volta às coisas. Dar meia volta e ir direto de volta ao assunto. Despejar em palavras os pensamentos que tenho na mente. Cheiro a quem sabe que cheiro. Ponto. O Mundo está perdido. Vírgula. E nós também. Ponto. Talvez a nossa jornada não seja sobre tornarmo-nos alguma coisa. Talvez seja sobre não nos tornarmos nada. E aí sermos aquilo que sempre quisemos ser. As pessoas são como as casas. Precisam de quem as habite. De mobília dentro do ser. De suportes firmes e alicerces seguros. Quero correr sem cair no abismo. Abrir portas sem fechar corações. Perder chaves sem entrar em pânico. Tenho vontade de definir prioridades. Saber ser sem saber o que querer. Ir por aí. Ir por ali. Sem emergências. Porque emergências verdadeiras há poucas na vida. Tu és uma delas.

domingo, 10 de janeiro de 2016

Vamos dar um tempo, cérebro?

O que é que queres ser? Antes de tudo quero ser "eu". Depois posso ser esse médico ou advogado que a família sempre quis que fosse. Deixem-me ser eu. Escolher por mim. Fazer a minha vida. Construir a minha pessoa. Deixar que o presente flua e só depois expor o futuro. Preciso de espaço comigo mesmo. Vamos dar um tempo, cérebro? Sempre precisei de uma quebra na mente. É impossível mas precisava de deixar de pensar por horas. Dias... o médico que trabalhe em horas vagas e o advogado que deixe a testemunha descansar do tédio.  Sinceramente, salve-se quem puder. Ou os bombeiros que salvem os vossos neurónios  minúsculos, levados pelo "tsunami" de ideias que vos põem na cabeça. Não se afoguem. Deixem que a ingenuidade do vosso ser vos torne expansivos. Pensem pela vossa mente e não pela dos outros. Ou então simplesmente  abandonem o pensamento. É importante fazer do pensamento um "sem abrigo" para depois voltar a pensar. Ou não. Quero ser filósofa de mim mesma.

quarta-feira, 6 de janeiro de 2016

Há sapos e sapos.

Dou asas à imaginação quando estou triste. Ou é ela que me procura. Acho que nunca descobrirei se é doença ou epidemia. Explorador de cérebros. Ou de corações. Porque há aqueles que exploram o inexplorável. Esses podem ser descartados. Mandados fora. Atirados para o lixo. Não importam. Há que soltar vasos sanguíneos. Cortar artérias. Dissecar rãs e sapos para perceber que há príncipes e princesas que não merecem funeral. É assim. Nem todo o reinado foi feito para durar. Há sapos e sapos. Há sapos encantados e sapos por encantar.  E há simplesmente sapos que perdem o encanto na essência de o ganhar. Na verdade, os contos de fadas não são contos de fadas mas sim contos de sapas. E sapos. E depois há sucessões ao trono. Dragões. Mas essas são para quem merece. Sangue azul. Será que podemos engolir sapinhos?